Introdução: O lipedema é uma condição crônica que afeta predominantemente mulheres, caracterizada pelo acúmulo desproporcional de gordura nos membros inferiores, resistente à perda de peso e frequentemente associada à dor e edema. Apesar de comum, é subdiagnosticado, o que agrava os impactos físicos e psicossociais nas pacientes. Este relato descreve o caso de uma jovem de 25 anos, diagnosticada tardiamente, ressaltando a importância do diagnóstico precoce para evitar problemas físicos e emocionais, especialmente na puberdade. Objetivo: Analisar os desafios físicos e psicológicos enfrentados por uma paciente com lipedema, destacando a importância do diagnóstico precoce e de intervenções terapêuticas para minimizar danos. Metodologia: Os dados foram obtidos por entrevista clínica, na qual a paciente relatou sua trajetória, sintomas, tratamentos realizados e impacto emocional. Exames complementares, como ultrassonografia dos membros inferiores, evidenciaram sinais de estase linfática sem insuficiência venosa significativa. Resultados e Discussão: A paciente, sexo feminino, 25 anos, sobrepeso (IMC: 29,04), relatou início dos sintomas aos 16 anos, com acúmulo de gordura nos quadris e coxas, resistente a dietas e exercícios. A dificuldade em modificar a aparência gerou frustração, baixa autoestima e isolamento social. O diagnóstico foi feito aos 24 anos, após anos de tratamentos estéticos e tentativas frustradas de emagrecimento. Medicamentos como Ozempic reduziram o inchaço e inflamação, enquanto pilates e drenagem linfática proporcionaram alívio parcial. Entretanto, dores persistentes, agravadas no período pré-menstrual, ainda comprometem sua qualidade de vida. Psicologicamente, a condição impacta autoestima e escolhas de lazer, conforme expressado: "Evito locais com praias". Conclusão: O diagnóstico tardio de lipedema reforça a necessidade de conscientização e abordagens multidisciplinares com suporte psicológico. Diagnósticos precoces são essenciais para mitigar impactos psicossociais e otimizar tratamentos. Estratégias para disseminar conhecimento sobre o lipedema ajudam a prevenir problemas emocionais e físicos, especialmente na puberdade. A dor crônica e limitações físicas levam a letargia e sedentarismo, perpetuando um ciclo que afeta autoestima e socialização, particularmente em momentos marcados por comparações e pressões sociais.
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