INTRODUÇÃO: Analisando o âmbito nacional e as prevalentes taxas de feridas localizadas nos MMII decorrentes de complicações circulatórias periféricas, é possível evidenciar uma explícita problemática de saúde pública, haja vista o grande número de enfermos com estas afecções. Os índices epidemiológicos de úlceras nas pernas, definida como uma ulceração abaixo do joelho, podem dividir-se pela sua etiologia vascular, apresentando-se por insuficiência venosa (75%), arterial (10-20%) ou de origem mista (10-15%). A possibilidade de cronificação destas lesões deflagra a necessidade de identificação e do tratamento a ser ministrado. OBJETIVO: Relatar caso de uma paciente portadora de DM, HAS e Doença arterial obstrutiva periférica (DAOP), apresentando quadro clínico de Ferida Mista em MMII atendida no Centro de Medicina Diagnóstica e Intervencionista do Hospital Memorial Arthur Ramos. METODOLOGIA: Os dados foram adquiridos por meio da revisão do prontuário, exame clínico e físico, registro fotográfico da ferida na face medial da perna direita, e revisão de literatura. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Durante atendimento ambulatorial da paciente, portadora de HAS, DM e DAOP, evidencia ferida crônica na face medial da perna direita, há três meses, associada a dor intensa. Apresentando sintomas adjuntos nas extremidades como edema e claudicação. Realizou tratamento inicial com Cefalexina e Benzetacil. Ao exame físico nota-se ferida superficial, bordos bem delimitados, textura seca, acometendo a derme, com presença de necrose e exsudato, temperatura quente, sobrejacente ao osso tibial, indicando sinais de circulação comprometida. Os pulsos poplíteo e pedioso estão filiformes em ambos os membros inferiores. O quadro clínico reflete a interação de fatores arteriais e venosos, típico de úlceras mistas, agravado pelas comorbidades do paciente. A estratégia terapêutica prosseguida foi com Duoflam, Hidrion e Dexametazona. CONCLUSÃO: A ferida mista em MMII é uma condição complexa, frequentemente associada a fatores como HAS, DM e sedentarismo, que concomitantemente, contribuem para sua etiopatogenia. A paciente permanece em acompanhamento para evolução do processo cicatricial, reforçando a necessidade de estratégias personalizadas. A representatividade dessas condições na literatura evidencia o desafio de tratar feridas crônicas, que requerem diagnóstico precoce, controle dos fatores de risco e adesão ao tratamento para otimizar os desfechos e prevenir complicações.
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