Introdução: O pé diabético é uma complicação grave do diabetes mellitus, caracterizada por alterações neurológicas, vasculares e infecciosas que elevam o risco de úlceras, infecções e amputações. Essas alterações resultam do controle glicêmico inadequado, ocasionando danos nos nervos periféricos e na circulação dos membros inferiores. O diagnóstico precoce e o manejo adequado são essenciais para evitar complicações, enquanto a educação e os cuidados preventivos são cruciais para reduzir sua prevalência. Objetivo: Analisar deficiências no encaminhamento de pacientes com pé diabético para unidades de manejo adequado e identificar os impactos do atraso no encaminhamento sobre a evolução clínica. Metodologia: Realizou-se uma revisão de prontuário de um paciente atendido ambulatorialmente em um hospital particular de Alagoas, participante de um programa filantrópico financiado por um médico vinculado a uma universidade pública de Maceió-AL. Como base teórica, foram consultadas as plataformas Pubmed e SciELO. Resultado e Discussão: O estudo descreveu o caso de um homem de 62 anos, aposentado, portador de diabetes tipo 2 e hipertensão arterial, em uso de insulina, metformina e losartana. Em 2023, sofreu amputação dos 1º e 5º dedos do pé devido à necrose. Em 2024, apresentou abscesso plantar drenado em um hospital de referência, mas a lesão persistiu sem cicatrizar. O paciente foi submetido a encaminhamentos inadequados entre unidades de saúde, incluindo uma UPA e um hospital de referência, que alegaram incapacidade de manejo adequado. Somente através de um programa filantrópico em um hospital particular foi realizada a conduta correta. Conclusão: O caso demonstra graves deficiências no fluxo de encaminhamento de pacientes com pé diabético, agravando o quadro clínico e comprometendo o desfecho terapêutico. A falta de coordenação entre serviços de saúde e a ausência de critérios claros de manejo refletem um problema sistêmico urgente. O atraso no encaminhamento impactou negativamente a evolução do quadro, aumentando o sofrimento do paciente e o risco de novas complicações, como amputações adicionais. Assim, destaca-se a necessidade de protocolos bem definidos, capacitação dos profissionais e ampliação de iniciativas filantrópicas para complementar as falhas do sistema público.
Comissão Organizadora
Comunic Eventos
RENATA DA SILVA MIRANDA
Guilherme benjamim Brandão pitta
Leandro Maia Leão
Marcelo Araujo
Aldemar Araujo Castro
Raquel Teixeira Silva Celestino
Andressa Silva
Comissão Científica