O Estado da Bahia, localizado na Região Nordeste do Brasil, é conhecido tradicionalmente por uma área de movimentos migratórios. Desde meados do século XX muitos baianos migram para outras regiões do Brasil em busca de novas oportunidades de vida, visto que, as migrações são motivadas por fatores como a seca, estagnação econômica e elevados níveis de desemprego. Sobretudo, o início do século XXI, os deslocamentos migratórios de baianos que, por sua vez, possui uma população majoritariamente negra, seguem para um novo rumo: o Sul do Brasil, mais especificamente o Estado de Santa Catarina. Assim, este trabalho pretende descrever esses novos locais de destino dos baianos e analisar as características deste fluxo, bem como seus impactos na vida cotidiana das cidades de acolhimento. Para percorrer a trajetória dos imigrantes, o trabalho de campo foi realizado no município de Brusque, no Estado de Santa Catarina. A partir de uma pesquisa etnográfica, que envolve entrevistas e histórias de vida de migrantes, buscou-se analisar os discursos relacionados ao preconceito e discriminação com o referido fluxo migratório e os desafios para o acolhimento numa cidade que constrói sua identidade em torno dos imigrantes alemães que chegaram a cidade no século XIX.
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Victor Barros
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