A história e engajamento de grupos associativos em Portugal não é nova. Para tanto, é importante aqui mencionar as que existem desde há muito tempo e foram importantes no que tange a trabalhos seminais no acolhimento a imigrantes, tais como Casa do Brasil de Lisboa, Associação Caboverdeana, Associação dos Filhos e Amigos da Ilha de Jeta, entre muitas outras. Portugal é um país que historicamente sempre recebeu muitos migrantes, sejam brasileiros, cabo-verdianos, ucranianos, dentre outras nacionalidades (Fernandes, Peixoto, Oltramari, 2021) podendo considerar Portugal como um “melting pot”. Associações, organizações da sociedade civil, são, portanto, essenciais e urgentes para acolher, engajar, auxiliar e mover esforços e espaços no sentido de possibilitar a esse estrangeiro o pertencimento a uma cidade e a um país. Foi nessa proposta que, em 2020, a Diáspora sem Fronteiras teve sua primeira Ata de existência. Assim, esse artigo tem o objetivo de apresentar a trajetória coletiva e individual dos membros da Associação Diáspora sem Fronteiras, a partir do método cartográfico, como uma possibilidade simbólica de traçar percursos e unir pessoas, assim como uma cartografia rizomática (Scherer, Grisci, 2022). Para tanto apresentamos as trajetórias cartográficas em três atos: a formação inicial; as travessias individuais: quando elas se encontram com o coletivo e por fim as ações que a Diáspora vem movendo e construindo no sentido do direito de habitar a(s) cidade(s).
Comissão Organizadora
Victor Barros
Comissão Científica