A circulação internacional de estudantes e pesquisadores tem sido apresentada como caminho para a melhoria da qualidade da educação superior e imprescindível para a formação de sujeitos globais. Esta pesquisa objetiva analisar a trajetória de egressos do Programa Ciência sem Fronteiras com o intuito de compreender as repercussões da experiência internacional no âmbito pessoal, acadêmico e profissional dos beneficiários. Para tal, foram desenvolvidas entrevistas narrativas com base nas orientações teóricas e metodológicas de Fritz Schütze. Os resultados revelam que o CsF contribuiu para a formação de recursos humanos altamente qualificados. No entanto, a ausência de ações de acompanhamento de egressos, a descontinuidade da política pública e o reduzido número de programas de fomento à pesquisa e permanência de pesquisadores no país dificultaram um melhor aproveitamento e institucionalização dos aprendizados adquiridos durante a mobilidade acadêmica internacional.
Comissão Organizadora
Victor Barros
Comissão Científica