O câncer é considerado uma das doenças responsáveis pela maior taxa de óbitos no mundo, definido como a transformação de células normais em células tumorais, que geralmente progridem de uma lesão pré-cancerosa para tumores malignos, sendo que o diagnóstico e tratamento de células cancerígenas exploram as diferenças entre células normais e neoplásicas, essa dissemelhança é definida como marcadores tumorais. Dentre os marcadores estudados para o diagnóstico de tumores cancerígenos, pode-se destacar a subunidade beta da gonadotrofina coriônica humana (beta–hCG), que é um hormônio glicoproteíco considerado um marcador imuno-histoquímico, comumente produzido por tumores embrionários e placentários. Dentro deste contexto, este trabalho teve como objetivo realizar uma revisão integrativa da literatura sobre a utilização deste hormônio, abordando principalmente a sua aplicabilidade clínica como marcador tumoral para pacientes com diferentes tipos de câncer e apresentar a relação do aumento dos níveis do beta-hCG como obtenção do prognóstico do câncer, evidenciados na literatura pesquisada. A busca foi realizada nas bases eletrônicas ScienceDirect, PubMed, Scielo e Taylor e Francis com os descritores “tumor markes”, “beta hCG tumor marker” e “beta-hCG”. Destarte, através da análise dos 41 artigos, observou-se que além do beta-hCG ser secretado pela placenta, é também secretado por tumores trofoblásticos malignos, bem como por uma variedade de tumores de diferentes origens, o aumento da sua expressão, em determinados tumores, demonstra eficiência na identificação de neoplasias, por meio de técnicas como ELISA e imuno-histoquímica, em conjunto com outras técnicas comumente utilizadas, que com a identificação precoce de células neoplásicas podem favorecer medidas para tratamentos, além de serem úteis na estratificação de risco pré-operatório de neoplasia ovarianas por malignidade. Assim, concluiu-se que a identificação dos marcadores tumorais, em especial o marcador estudado beta-hCG, apresentam importância clínica. Uma vez que o aumento da expressão dessa glicoproteína em pacientes com neoplasia pode ser utilizado para auxiliar no prognóstico, tratamento e detectar a recidiva do câncer.
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