INTRODUÇÃO: A vacinação é atualmente a principal medida preventiva capaz de reduzir e erradicar a ocorrência de doenças infecciosas que acometem as crianças, como rubéola, poliomielite e sarampo. Apesar disso, nota-se no Brasil, uma redução da cobertura vacinal infantil, causada, muitas vezes, pela hesitação dos pais em vacinarem seus filhos, o que afeta a imunidade coletiva e, consequentemente, dificulta o controle e facilita a propagação de doenças na população. Desse modo, medidas educativas que comprovem a eficácia da vacinação são necessárias para conscientizar pais e responsáveis sobre a necessidade de protegerem a saúde de seus filhos. OBJETIVO: O presente trabalho tem como objetivo analisar a importância das práticas educativas no combate às dúvidas e inseguranças paternas em relação às vacinas. METODOLOGIA: Realizou-se uma revisão bibliográfica nas bases de dados PubMed, Scielo, LILACs e Google Acadêmico, utilizando-se descritores em inglês e português: “vacinação infantil”, “práticas educativas” e “hesitação vacinal”. Foram selecionados 7 artigos, em inglês e português, publicados entre os anos 2018 a 2022. Além disso, diante da relevância para o tema, realizou-se no DATASUS a análise da cobertura vacinal brasileira entre os anos de 2012 e 2022. RESULTADOS: A hesitação vacinal dos pais configura-se como a recusa ou o atraso parental em promover a vacinação dos filhos quando os imunológicos estão disponíveis no serviço de saúde. Essa prática tem aumentado no Brasil e no mundo, devido, entre outras questões, ao fortalecimento dos movimentos antivacina e à crescente divulgação de informações falsas e sem embasamento científico nas redes sociais, influenciando negativamente na confiabilidade dos pais ou responsáveis na vacina e, consequentemente, na adesão ao processo de vacinação infantil. Nesse contexto, dados retirados do DATASUS mostram que de 2012 a 2022 houve uma redução da cobertura vacinal, sendo que em 2012 todas as regiões brasileiras tinham cobertura acima de 70%, taxa mínima estabelecida pelo Programa Nacional de Imunização do Brasil (PNI) como adequado para a proteção social. Em contrapartida, no ano de 2022, apenas as regiões sul (74,21%) e centro-oeste (71,92%) alcançaram essa porcentagem. Assim, uma forma de reverter esse quadro é promover a educação parental, mediante ação multiprofissional (governantes, mídia, etc.), pois a promoção do conhecimento, bem como o combate às fake News é importante para minimizar a insegurança familiar e, com isso, ampliar a atual cobertura vacinal brasileira. CONCLUSÃO: Diante disso, conclui-se que, a promoção de ações educativas focadas em manter os pais e responsáveis informados sobre os benefícios da vacinação, desmistificando falsas ideias, alertando sobre os efeitos adversos, é de grande importância para garantir a eficácia desse método preventivo, tanto na imunização individual quanto coletiva, o que pode estimular a erradicação das doenças cobertas por essas vacinas.
Comissão Executiva
Luciana de Freitas Velloso Monte
Maria Carolina Bezerra Di Medeiros Leal
Samuel Sotero Lourenço
Comissão Organizadora
Fernanda Angotti
Allini Pereira da Silva Dantas
Carolina Ponchio Ferreira
Natânia Mileny Garcia de Paula
Giuliane Pereira da Costa
Ádria Maria Nascimento Júnior
Amanda Saráty Teixeira
Anne Gabrielle de Carvalho Nicolau Góes
Letícia Pinheiro Maia Pacciulli
Ana Clara Vilalba
Maria Luísa Mendonça Martins
Karolina Garcia Jacob de Santos
Julia Martins Oliveira
Carolina Alves
Júlia Martins Oliveira
Leticia Jardim Fatureto Jeronimo
Fabiana Sena Tomaz Barbosa
E-mail: ciped.df@gmail.com