INTRODUÇÃO
O aprendizado por meio de simulação realística vem demonstrando que é bastante benéfico para os acadêmicos de medicina. Esse tipo de ferramenta para o ensino compreende a criação de um ambiente clínico o mais parecido possível com o cenário da prática médica com paciente real, porém, utilizando de manequins, realidade virtual ou atores treinados. A simulação realística tem como objetivo melhorar as habilidades clínicas e a tomada de decisão dos alunos através desses ambientes controlados, aumentando assim a segurança do paciente durante o período de prática da faculdade e da residência.
OBJETIVO
Revisar a relevância do uso de simulação realística nas faculdades de medicina na área da pediatria.
METODOLOGIA
Foi elaborada uma revisão da literatura a respeito da importância de utilizar o método da simulação realística para auxiliar no ensino dos estudantes de medicina sobre a prática médica na pediatria. Para isso, utilizou-se as bases de dados eletrônicas PubMeD e Scielo nas quais foram pesquisados os descritores “realistic pediatrics simulation” e “realistic simulation in medical school”. Foram selecionados 5 pertencentes às literaturas nacional e internacional, entre os anos de 2015 e 2024.
RESULTADOS
A simulação realística é uma estratégia de aprendizagem bastante relevante, tendo a potencialidade de reduzir as chances de erro por meio da reprodução de diversos cenários clínicos ou cirúrgicos. Ela é composta por 3 partes: pré-briefing, prática e debriefing. O debriefing é uma sessão de esclarecimento, em que o facilitador poderá fazer o feedback sobre a condução da simulação pelos alunos e os próprios alunos também podem dar o seu feedback sobre o caso clínico. Em pesquisa realizada na Itália com 274 residentes de pediatria, 88% deles tiveram menos de 5 horas de atividade com simulação realística. De todos os interrogados, mais de 90% tinham interesse em ter simulação realística com o propósito de aprimorar as habilidades técnicas e clínicas e para aperfeiçoar os atendimentos em emergências neonatais e pediátricas. Em estudo realizado na Argentina com 15 grupos de residentes de pediatria, a mulher do caso da simulação era mãe de um bebê que agredia verbalmente e fazia ameaças de agressão física aos participantes, um caso mais complexo que ilustra como exemplo a grande variabilidade de situações possíveis de ser abordadas pelo método. Percebe-se, então, a relevância de programas como o de simulação realística para melhor capacitação dos profissionais.
CONCLUSÃO
Tendo em vista do exposto, observa-se que a simulação realística é de extrema importância para a formação médica e pediátrica a fim de elevar a habilidade clínica e técnica dos mesmos, e até mesmo melhorar a competência de saber lidar com situações difíceis. Portanto, cabe às faculdades e às residências a implantação desse método de aprendizagem que tanto beneficia não só os alunos e profissionais como também os pacientes.
Comissão Executiva
Luciana de Freitas Velloso Monte
Maria Carolina Bezerra Di Medeiros Leal
Samuel Sotero Lourenço
Comissão Organizadora
Fernanda Angotti
Allini Pereira da Silva Dantas
Carolina Ponchio Ferreira
Natânia Mileny Garcia de Paula
Giuliane Pereira da Costa
Ádria Maria Nascimento Júnior
Amanda Saráty Teixeira
Anne Gabrielle de Carvalho Nicolau Góes
Letícia Pinheiro Maia Pacciulli
Ana Clara Vilalba
Maria Luísa Mendonça Martins
Karolina Garcia Jacob de Santos
Julia Martins Oliveira
Carolina Alves
Júlia Martins Oliveira
Leticia Jardim Fatureto Jeronimo
Fabiana Sena Tomaz Barbosa
E-mail: ciped.df@gmail.com