INTRODUÇÃO O aumento do número de casos registrados de violência infantil no século XXI é uma preocupação global. Embora a conscientização sobre os direitos das crianças e a proteção infantil tenham aumentado, ainda se enfrenta uma realidade em que muitas crianças são vítimas de diversas formas de violência. Inúmeros fatores contribuem para o aumento dessa estatística. Faz-se, portanto, necessário que o Estado e a sociedade civil possuam um papel de assistência a essas situações, com destaque para os pediatras, frequentemente os primeiros a suspeitar de situações de risco OBJETIVO Expor a integralidade da atuação do pediatra na sua consulta para identificação e intervenção em possíveis situações de risco a crianças e adolescentes METODOLOGIA Revisão literária a partir da seleção e análise de 6 artigos científicos publicados nos últimos 20 anos nas bases de dados Google Acadêmico e Scielo RESULTADOS A violência na sociedade atual apresenta-se de diversas formas, seja ela física, moral, sexual ou outras. As crianças e os adolescentes são identificados como grupos de maior vulnerabilidade aos desfechos relacionados à violência. Os profissionais de saúde, de modo particular os pediatras, devido à posição que possuem na prestação de serviços à faixa etária infanto-juvenil, são peças-chave na defesa destes contra os diversos tipos de violência. Através de uma prática assistencial ampliada, esses profissionais são capazes de atuar na prevenção, detecção e tratamento das vítimas. O pediatra é um importante elo da criança com o seu meio. Durante a consulta a sua atenção e o seu envolvimento com a criança e adolescente, por meio da sua escuta diferenciada e acolhedora dando importância aos seus relatos, o menor pode ir desenvolvendo a percepção da sua importância e despertar nele o sentimento de pertencimento, uma vez que esse é um dos pilares na prevenção e combate à violência. Ademais, promove um espaço confiável para exposição de situações estressoras e traumáticas desse paciente. O trabalho do pediatra é amplo e, por vezes, expande-se para além do seu próprio consultório, sendo necessária uma atuação em escolas, por exemplo, através de grupos de discussão ou ações assistenciais de prevenção e promoção à saúde. Também faz parte da sua função identificar situações de complexidade maior que possuam a necessidade de encaminhamento para outras especialidades, a fim de promover uma assistência mais adequada. Vale ressaltar que a notificação de casos meramente suspeitos de maus-tratos é obrigatória para profissionais de saúde, segundo o ECA CONCLUSÃO Destacamos neste estudo que a capacitação do pediatra não deve se restringir apenas aos conhecimentos técnicos adquiridos na formação. É responsabilidade precípua de todo pediatra cuidar da criança e adolescente na sua integralidade, de modo a aproveitar as oportunidades de intervenção construtiva e promover uma assistência baseada na confiança, além de encaminhar, quando necessário, a outros níveis de atenção.
Comissão Executiva
Luciana de Freitas Velloso Monte
Maria Carolina Bezerra Di Medeiros Leal
Samuel Sotero Lourenço
Comissão Organizadora
Fernanda Angotti
Allini Pereira da Silva Dantas
Carolina Ponchio Ferreira
Natânia Mileny Garcia de Paula
Giuliane Pereira da Costa
Ádria Maria Nascimento Júnior
Amanda Saráty Teixeira
Anne Gabrielle de Carvalho Nicolau Góes
Letícia Pinheiro Maia Pacciulli
Ana Clara Vilalba
Maria Luísa Mendonça Martins
Karolina Garcia Jacob de Santos
Julia Martins Oliveira
Carolina Alves
Júlia Martins Oliveira
Leticia Jardim Fatureto Jeronimo
Fabiana Sena Tomaz Barbosa
E-mail: ciped.df@gmail.com