INTRODUÇÃO: A apendicite aguda resulta da infecção e inflamação do apêndice, sendo uma causa comum de dor abdominal na pediatria. É uma emergência cirúrgica que necessita de diagnóstico e intervenção precoce, para evitar complicações. O diagnóstico é feito mediante história clínica e exame físico e, se necessário, com exames de imagem e laboratoriais. A apendicectomia é um dos procedimentos cirúrgicos mais realizados no mundo, e o procedimento mais realizado em crianças. Nesse sentido, na busca por mecanismos minimamente invasivos, o uso de técnicas laparoscópicas na abordagem de cirurgias abdominais em pacientes pediátricos aumentou consideravelmente.
OBJETIVOS: Revisar estudos acerca das inovações tecnológicas na abordagem cirúrgica da apendicite em crianças.
METODOLOGIA: Revisão Bibliográfica nas bases de dados Scielo, PubMed e Lilacs, utilizando os descritores "MANAGEMENT" and "APPENDICITIS" and "PEDIATRIC", no idioma inglês, e com o operador booleano AND. Foram coletados 20 artigos, dos quais 12 foram utilizados para a elaboração desta revisão. Foram incluídos artigos que abordavam inovações tecnológicas na apendicectomia infantil, publicados de 2019 a 2024, foram excluídos artigos que não versavam sobre a temática proposta ou que estavam indisponíveis.
RESULTADOS: A apendicectomia é o procedimento padrão para o tratamento da apendicite, podendo ser realizada atualmente pela abordagem laparotômica, cirurgia convencional padrão-ouro a qual faz-se um corte no lado inferior direito do abdómen para remover o apêndice, ou laparoscópica/ videolaparoscópica, uma técnica a partir de inovações tecnológicas na qual é utilizada uma câmera de altíssima resolução conectada a uma fibra óptica, para atingir a cavidade abdominal. Após análise dos artigos selecionados, observou-se que as principais vantagens da laparoscopia em comparação com a laparotomia se encontram na redução dos seguintes aspectos: número de óbitos, tempo de operação média de permanência hospitalar, gastos para realização do procedimento, taxa de complicações, índice de dor pós operatória, perda sanguínea, infecções da ferida operatória. Além disso, estudos relataram 50% menos necessidade do uso de antibioticoterapia nas primeiras 24h, retirada mais rápida da hidratação venosa, retorno mais cedo às atividades cotidianas e melhor cicatriz cirúrgica. Em contrapartida, a cirurgia laparoscópica necessita de materiais específicos e requer maior experiência por parte do cirurgião, sendo estes um dos motivos pelos quais a apendicectomia aberta ainda é a via de escolha pelo Sistema Único de Saúde (SUS), além de ter sido observado a maior formação de abscesso intra abdominal.
CONCLUSÃO: Ambos os métodos se mostram seguros e eficazes, no entanto, a abordagem laparoscópica apresenta vantagens em relação a laparotomia, Assim, a escolha da técnica deve ser baseada, em critérios como a experiência do cirurgião e os recursos disponíveis no hospital em questão.
Comissão Executiva
Luciana de Freitas Velloso Monte
Maria Carolina Bezerra Di Medeiros Leal
Samuel Sotero Lourenço
Comissão Organizadora
Fernanda Angotti
Allini Pereira da Silva Dantas
Carolina Ponchio Ferreira
Natânia Mileny Garcia de Paula
Giuliane Pereira da Costa
Ádria Maria Nascimento Júnior
Amanda Saráty Teixeira
Anne Gabrielle de Carvalho Nicolau Góes
Letícia Pinheiro Maia Pacciulli
Ana Clara Vilalba
Maria Luísa Mendonça Martins
Karolina Garcia Jacob de Santos
Julia Martins Oliveira
Carolina Alves
Júlia Martins Oliveira
Leticia Jardim Fatureto Jeronimo
Fabiana Sena Tomaz Barbosa
E-mail: ciped.df@gmail.com