Introdução: A poliomielite, causada pelo poliovírus tipos 1, 2 e 3, é uma doença altamente contagiosa e transmitida pelo contato com fezes ou perdigotos de pessoas infectadas. No Brasil, o primeiro surto foi em 1911, no Rio de Janeiro, e espalhou-se pelo país a partir de 1950. A estratégia de vacinação do século XX foi bem-sucedida, com o último caso registrado há 35 anos, mas a redução na taxa de vacinação aumenta o risco de ressurgimento da doença, já que essa enfermidade ainda não foi erradicada globalmente. Medidas de vacinação são cruciais para prevenir essa situação. Objetivos: Examinar de forma quantitativa os dados de cobertura vacinal contra a poliomielite no Brasil e em suas diversas regiões, ao longo do período de 2012 a 2022. Metodologia: O estudo usou dados do DataSUS (Tabnet) e do Sistema de Informação do PNI para analisar a cobertura vacinal contra a poliomielite de 2012 a 2022 no Brasil e por região do país. Também incluiu-se dados de cobertura vacinal para crianças menores de um ano e com um ano de idade de 2015 a 2022. Os resultados foram organizados em uma planilha no Excel® 2016 e transformados em gráficos para mostrar a cobertura vacinal da poliomielite no Brasil e por região nos últimos 12 anos, assim como a cobertura vacinal em crianças menores de um ano. Resultados: Os dados do DataSUS mostram uma queda na cobertura vacinal da poliomielite no Brasil e em suas regiões de 2012 a 2022. A média nacional foi de 87,35%, caindo de 96,55% em 2012 para 77,2% em 2022. O Centro-Oeste e Sul tiveram as maiores coberturas médias (90,71%), enquanto o Norte e Nordeste, as menores (79,47% e 86,47%, respectivamente). Desde 2015, o Norte ficou abaixo da meta do PNI, com mínimos de 62,29% em 2021 e máximos de 88,16% em 2015. Em 2013, quatro regiões tiveram coberturas superiores a 100%, enquanto em 2021 a cobertura variou de 62,29% (Norte) a 79,98% (Sul). A cobertura vacinal para crianças menores de um ano caiu de 98,29% em 2015 para 54,01% em 2023. Fatores como falta de acesso à saúde, desinformação sobre vacinação e a pandemia de COVID-19 contribuem para esses resultados. Baixas taxas de cobertura vacinal aumentam o risco de ressurgimento de doenças evitáveis, como a poliomielite. Conclusão: Os dados mostram um risco de ressurgimento de doenças contagiosas, como a poliomielite, no Brasil. Isso requer medidas imediatas das autoridades de saúde, incluindo investimentos em saneamento, acesso aos serviços de saúde e combate à desinformação. A imunização pelo Programa Nacional de Imunizações é crucial para prevenir doenças evitáveis, como a poliomielite.
Comissão Executiva
Luciana de Freitas Velloso Monte
Maria Carolina Bezerra Di Medeiros Leal
Samuel Sotero Lourenço
Comissão Organizadora
Fernanda Angotti
Allini Pereira da Silva Dantas
Carolina Ponchio Ferreira
Natânia Mileny Garcia de Paula
Giuliane Pereira da Costa
Ádria Maria Nascimento Júnior
Amanda Saráty Teixeira
Anne Gabrielle de Carvalho Nicolau Góes
Letícia Pinheiro Maia Pacciulli
Ana Clara Vilalba
Maria Luísa Mendonça Martins
Karolina Garcia Jacob de Santos
Julia Martins Oliveira
Carolina Alves
Júlia Martins Oliveira
Leticia Jardim Fatureto Jeronimo
Fabiana Sena Tomaz Barbosa
E-mail: ciped.df@gmail.com