Cobertura vacinal da poliomielite em declínio: um estudo epidemiológico

  • Autor
  • Myrella Pessôa do Nascimento
  • Co-autores
  • Witoria Maria de Jesus Silva , Rafael Pinto Silveira , Alexandre Pereira dos Santos
  • Resumo
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    Introdução: A poliomielite, causada pelo poliovírus tipos 1, 2 e 3, é uma doença altamente contagiosa e transmitida pelo contato com fezes ou perdigotos de pessoas infectadas. No Brasil, o primeiro surto foi em 1911, no Rio de Janeiro, e espalhou-se pelo país a partir de 1950. A estratégia de vacinação do século XX foi bem-sucedida, com o último caso registrado há 35 anos, mas a redução na taxa de vacinação aumenta o risco de ressurgimento da doença, já que essa enfermidade ainda não foi erradicada globalmente. Medidas de vacinação são cruciais para prevenir essa situação. Objetivos: Examinar de forma quantitativa os dados de cobertura vacinal contra a poliomielite no Brasil e em suas diversas regiões, ao longo do período de 2012 a 2022. Metodologia: O estudo usou dados do DataSUS (Tabnet) e do Sistema de Informação do PNI para analisar a cobertura vacinal contra a poliomielite de 2012 a 2022 no Brasil e por região do país. Também incluiu-se dados de cobertura vacinal para crianças menores de um ano e com um ano de idade de 2015 a 2022. Os resultados foram organizados em uma planilha no Excel® 2016 e transformados em gráficos para mostrar a cobertura vacinal da poliomielite no Brasil e por região nos últimos 12 anos, assim como a cobertura vacinal em crianças menores de um ano. Resultados: Os dados do DataSUS mostram uma queda na cobertura vacinal da poliomielite no Brasil e em suas regiões de 2012 a 2022. A média nacional foi de 87,35%, caindo de 96,55% em 2012 para 77,2% em 2022. O Centro-Oeste e Sul tiveram as maiores coberturas médias (90,71%), enquanto o Norte e Nordeste, as menores (79,47% e 86,47%, respectivamente). Desde 2015, o Norte ficou abaixo da meta do PNI, com mínimos de 62,29% em 2021 e máximos de 88,16% em 2015. Em 2013, quatro regiões tiveram coberturas superiores a 100%, enquanto em 2021 a cobertura variou de 62,29% (Norte) a 79,98% (Sul). A cobertura vacinal para crianças menores de um ano caiu de 98,29% em 2015 para 54,01% em 2023. Fatores como falta de acesso à saúde, desinformação sobre vacinação e a pandemia de COVID-19 contribuem para esses resultados. Baixas taxas de cobertura vacinal aumentam o risco de ressurgimento de doenças evitáveis, como a poliomielite. Conclusão: Os dados mostram um risco de ressurgimento de doenças contagiosas, como a poliomielite, no Brasil. Isso requer medidas imediatas das autoridades de saúde, incluindo investimentos em saneamento, acesso aos serviços de saúde e combate à desinformação. A imunização pelo Programa Nacional de Imunizações é crucial para prevenir doenças evitáveis, como a poliomielite.

  • Palavras-chave
  • Brasil; Cobertura vacinal; Pediatria; Poliomielite
  • Área Temática
  • Saúde da criança e do adolescente
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