Panencefalite Esclerosante Subaguda: uma revisão bibliográfica

  • Autor
  • Mell Luise Cavalcante lima de Figueiredo
  • Co-autores
  • Rafael Pinto Silveira , Silvia Raquel França Basílio , Maria Eduarda Teixeira dos Santos , Gabriel Lins de Oliveira , Alexandre Pereira dos Santos
  • Resumo
  • INTRODUÇÃO:A panencefalite esclerosante subaguda (PEES) é uma doença rara com potencial fatal elevado causada pelo vírus do sarampo que afeta o sistema nervoso central, levando a uma neurodegeneração progressiva. Os sintomas que acometem indivíduos vacinados são brandos, como febre e tosse, porém os não vacinados podem apresentar sintomas graves, como paralisias de membros e deficiência intelectual.  A PEES pode se manifestar em média de 2 a 10 anos após a infecção pelo Sarampo, porém o período de latência varia de 1 mês a 27 anos.OBJETIVOS:Realizar uma revisão bibliográfica da panencefalite e entender a importância da cobertura vacinal para evitar sua disseminação.METODOLOGIA:O presente artigo trata-se de uma revisão bibliográfica. Foram realizadas buscas nas bases de dados PubMed e Scielo com os descritores: “Measles”, “vaccine”, “Subacute Sclerosing Panencephalitis”, “SSPE” e “Brazil”. Foi obtido um resultado de 79 artigos, dentre os quais foram selecionados 5 de distribuição gratuita, restritos aos anos de 2019 a 2024 e direcionados ao tema. Ademais, devido à importância e correlação ao tema, foi incluído 1 relatório epidemiológico localizado na Biblioteca Digital da Organização Mundial da Saúde, totalizando 6 artigos utilizados.DISCUSSÃO:A PEES é uma complicação rara causada pelo vírus do sarampo no SNC, a qual gera sintomas como amnésia e transformação de comportamento. Ela é caracterizada por alterações particulares que ocorrem principalmente nos genes M, F, H. Após a pandemia da COVID-19 houve uma redução da cobertura vacinal contra o sarampo, o que elevou o número de casos mundiais em 18% em 2022. No contexto brasileiro, a aplicação da segunda dose em 2022 foi considerada como baixo nível de cobertura, pois apresentou índice de vacinação de 58%. No Brasil,  não foram encontrados dados acerca da situação epidemiológica da PEES, contudo é possível relacionar o contexto vacinal atual para o sarampo com a possibilidade de surgimento dessa complicação.CONCLUSÃO:A revisão reconhece a relação entre o contágio por sarampo e o desenvolvimento da PEES. É válido ressaltar que a PEES ainda não possui uma cura definitiva sendo, então, necessário o fomento à prevenção por meio da vacina, a qual  representa o principal método para conter a propagação da doença, dada sua a segurança e eficácia comprovada. Assim, urge estabelecer políticas de investimento que promovam o incentivo em larga escala às principais formas de imunização, enfatizando sua importância na prevenção da PEES. Por fim, a ausência de dados da PEES no Brasil representa uma limitação neste estudo e evidencia que mais pesquisas devem ser realizadas.

  • Palavras-chave
  • Measles; Measles Vaccine; SSPE; Subacute Sclerosing Panencephalitis
  • Área Temática
  • Saúde da criança e do adolescente
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