INTRODUÇÃO:A panencefalite esclerosante subaguda (PEES) é uma doença rara com potencial fatal elevado causada pelo vírus do sarampo que afeta o sistema nervoso central, levando a uma neurodegeneração progressiva. Os sintomas que acometem indivíduos vacinados são brandos, como febre e tosse, porém os não vacinados podem apresentar sintomas graves, como paralisias de membros e deficiência intelectual. A PEES pode se manifestar em média de 2 a 10 anos após a infecção pelo Sarampo, porém o período de latência varia de 1 mês a 27 anos.OBJETIVOS:Realizar uma revisão bibliográfica da panencefalite e entender a importância da cobertura vacinal para evitar sua disseminação.METODOLOGIA:O presente artigo trata-se de uma revisão bibliográfica. Foram realizadas buscas nas bases de dados PubMed e Scielo com os descritores: “Measles”, “vaccine”, “Subacute Sclerosing Panencephalitis”, “SSPE” e “Brazil”. Foi obtido um resultado de 79 artigos, dentre os quais foram selecionados 5 de distribuição gratuita, restritos aos anos de 2019 a 2024 e direcionados ao tema. Ademais, devido à importância e correlação ao tema, foi incluído 1 relatório epidemiológico localizado na Biblioteca Digital da Organização Mundial da Saúde, totalizando 6 artigos utilizados.DISCUSSÃO:A PEES é uma complicação rara causada pelo vírus do sarampo no SNC, a qual gera sintomas como amnésia e transformação de comportamento. Ela é caracterizada por alterações particulares que ocorrem principalmente nos genes M, F, H. Após a pandemia da COVID-19 houve uma redução da cobertura vacinal contra o sarampo, o que elevou o número de casos mundiais em 18% em 2022. No contexto brasileiro, a aplicação da segunda dose em 2022 foi considerada como baixo nível de cobertura, pois apresentou índice de vacinação de 58%. No Brasil, não foram encontrados dados acerca da situação epidemiológica da PEES, contudo é possível relacionar o contexto vacinal atual para o sarampo com a possibilidade de surgimento dessa complicação.CONCLUSÃO:A revisão reconhece a relação entre o contágio por sarampo e o desenvolvimento da PEES. É válido ressaltar que a PEES ainda não possui uma cura definitiva sendo, então, necessário o fomento à prevenção por meio da vacina, a qual representa o principal método para conter a propagação da doença, dada sua a segurança e eficácia comprovada. Assim, urge estabelecer políticas de investimento que promovam o incentivo em larga escala às principais formas de imunização, enfatizando sua importância na prevenção da PEES. Por fim, a ausência de dados da PEES no Brasil representa uma limitação neste estudo e evidencia que mais pesquisas devem ser realizadas.
Comissão Executiva
Luciana de Freitas Velloso Monte
Maria Carolina Bezerra Di Medeiros Leal
Samuel Sotero Lourenço
Comissão Organizadora
Fernanda Angotti
Allini Pereira da Silva Dantas
Carolina Ponchio Ferreira
Natânia Mileny Garcia de Paula
Giuliane Pereira da Costa
Ádria Maria Nascimento Júnior
Amanda Saráty Teixeira
Anne Gabrielle de Carvalho Nicolau Góes
Letícia Pinheiro Maia Pacciulli
Ana Clara Vilalba
Maria Luísa Mendonça Martins
Karolina Garcia Jacob de Santos
Julia Martins Oliveira
Carolina Alves
Júlia Martins Oliveira
Leticia Jardim Fatureto Jeronimo
Fabiana Sena Tomaz Barbosa
E-mail: ciped.df@gmail.com