A importância das práticas de humanização na UTI neonatal

  • Autor
  • Alicia Maria Grau Barreto
  • Co-autores
  • Amanda Saráty Teixeira , Sandra Nicolau Saráty
  • Resumo
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    Introdução: Caracteriza-se como prematuro o bebê nascido antes de 37ª semanas de gestação, sendo essa condição um dos maiores fatores de mortalidade em crianças menores de 5 anos. Assim, o recém-nascido pré termo (RNPT) é considerado de alto risco, sendo necessário estar em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN). Com o objetivo de minimizar os agentes estressores. É importante a humanização na UTIN, repercutindo significativamente no seu desenvolvimento, crescimento e sobrevida. Objetivo: Identificar a importância dos métodos de humanização utilizados na UTIN.  Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura em que foram selecionados 7 artigos dos últimos cinco anos. A coleta de dados foi feita a partir de artigos publicados em revistas indexadas no Google Acadêmico, utilizando-se na busca os termos: “octopus” e “unidade de terapia intensiva neonatal”. Resultados: A UTIN é um ambiente oposto ao intrauterino, uma vez que expõe o RNPT a sobrecargas sensoriais; excesso de estímulo luminoso e auditivo e alterações do estado do sono, agravando as condições do neonato. Assim, com o intuito de amenizá-las e acolher os pais, medidas de humanização são implantadas, como: redes de balanço; ninho; musicoterapia; polvos de crochê; método canguru; sucção não nutritiva e banho de ofurô. Tais métodos devem envolver a família e o neonato para promover o cuidado integral,acolhedor para ambos (SILVA, 2023). A humanização deve ser estabelecida como uma abordagem assistencial para direcionar a individualidade do paciente e adequar-se à singularidade pessoal (SÁ, 2021). O método canguru estimula o vínculo familiar e ameniza a dor; a sucção não nutritiva consiste em utilizar chupeta de silicone ou o próprio mindinho com luva na cavidade oral do RNPT para ajudar a reduzir seu estresse; a rede de descanso permite uma acomodação que remete ao ventre materno; o ninho restringe o neonato da cabeça aos pés com uma dimensão que remete ao ventre materno. Em relação ao polvo de crochê, tem-se o projeto Octopus, criado na Dinamarca em 2013, com o intuito de acalmar o RNPT. Isso ocorre pois os tentáculos em espiral remetem ao cordão umbilical, acalmando-o (diminuindo os batimentos cardíacos) e evitando que ele puxe os fios dos monitores e tubos de alimentação (MARTINS, 2022). No Brasil, o projeto chegou em 2017 e o polvo auxiliou na melhora da postura do neonato. O uso do polvo não trouxe risco, nem impacto negativo ao RNPT, além de acalmá-los para procedimentos mais estressantes (COELHO, 2020). Contudo, essas técnicas são um desafio para serem implementadas dentro das UTINs, devido à necessidade de qualificação, disponibilidade de materiais, questão financeira e adequação da equipe. Conclusão: Dessa forma, a UTIN exige uma equipe multiprofissional e especializada para proporcionar ao RNPT uma boa internação, com assistência humanizada e auxílio às mães. Assim, tem-se a reabilitação ágil e eficaz, como também melhor qualidade na assistência.   

  • Palavras-chave
  • Humanização de Assistência, Octopus, Recém-nascido Neonatal, Unidades de Terapia Intensiva Neonatal.
  • Área Temática
  • Abordagens educativas em pediatria
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Comissão Executiva

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