A sepse descreve uma síndrome potencialmente fatal causada pela resposta orgânica desregulada do hospedeiro a uma infeção. Choque séptico corresponde ao agravamento desta resposta com maior gravidade. Com o advento da mudança conceitual da sepse em 2016, além do impacto socioeconômico, da mortalidade e prevalência relacionados, torna-se indispensável conhecer o perfil clinico-epidemiológico desta síndrome por conceber oportunidades para sua prevenção e otimização das estratégias de tratamento. O objetivo do trabalho foi levantar características clínicas dos pacientes sépticos atendidos na UTI. Trata-se de uma pesquisa observacional, exploratória, documental e retrospectiva, de abordagem quantitativa. Levantou-se portuários entre janeiro e dezembro de 2017, excluindo aqueles pacientes menores de 18 anos e com documentos incompletos. Dos 19 prontuários incluídos 10,5% foram classificados com choque séptico na admissão, 57,9% receberam diagnóstico após 24 horas de internação, 52,6% apresentaram sepse com foco pulmonar, 42,1% possuíam alguma cardiopatia e 31,6% portavam diabetes melltitus. O desfecho observado foi que 52,7% tiveram óbito na unidade de internação. Percebeu-se que em grande parte dos atendimentos houve um atraso no diagnóstico clínico e apenas um pequeno percentual de identificação dos casos graves foi efetivo. O diagnóstico tardio pode contribuir para aumento da taxa de mortalidade. Em relação às comorbidades, destaca-se a cardiológica e metabólica, estando presentes na maioria dos casos, podendo contribuir para um desfecho negativo. Sendo assim, entende-se que o conhecimento clínico e epidemiológico tem implicações para o desenvolvimento de métodos de identificação precoce e monitoramento de pacientes sépticos, impactando na morbimortalidade destes. Ademais, a enfermagem tem importante papel na prevenção e tratamento da sepse, utilizando esses conhecimentos para elaboração de instrumentos facilitadores do cuidado e vigilância, bem como ser um veículo de multiplicação do conhecimento na equipe multiprofissional, contribuindo para aumento da sobrevida dos pacientes com sepse.
O I Congresso Mineiro de Enfermagem será do dia 23 à 28 de novembro de 2020 no formato online, realizado pela UNIVERSO.
O evento tem como principal finalidade divulgar conhecimentos científicos na área da enfermagem. As palestras serão ministradas por profissionais que são referências na área da enfermagem.
O I Congresso Mineiro de Enfermagem, visa ainda, contribuir com a consolidação do conhecimento voltado para saúde. Nesse sentido, promove o encontro das comunidades acadêmico-científicas em torno desta temática.
Comissão Cientifica
Alanna Gomes da Silva
Aline de Barros Coelho
Amanda Rodrigues Garcia Palhoni
Ana Carolina Micheletti Gomide Nogueira de Sá
Angela Maria Drumond Lage
Anita de Oliveira Silva
Barbara Maximino Resende
Christiana Vargas Ribeiro
Clarissa Coelho Vieira Guimarães
Claudia Maria de Mattos Penna
Daniela de Souza Ferreira
Eliseu da Costa Campos
Gabriela Luize Guimarães Sanches
Giuliana Fernandes e Silva
Karla Rona da Silva
Keila do Carmo Neves
Laydson Adrian Araujo
Laís Santos de Magalhães Cardoso
Lorena Roseli rios Durães
Luiz Alberto de Freitas Felipe
Luís Antônio Batista Tonaco
Láyza Lourenço Machado Braga Quintão
Marco Aurélio de Sousa
Marina Dayrell de Oliveira Lima
Mayara Santos Mendes
Neiva Aparecida Marques Diamantino
Pedro Paulo Corrêa Santana
Rafael Aquino
Rebeca dos Santos Duarte Rosa
Regina Cavalcante Agonigi
Shirlei Moreira da Costa Faria
Thales Philipe Rodrigues da Silva
Thiago Frederico Diniz
Vinicius dos Reis Silva
Wanderson Alves Ribeiro
congressomineirodeenfermagem@gmail.com