Introdução: A cirurgia robótica tem ganhado destaque como uma alternativa avançada e minimamente invasiva no tratamento do câncer colorretal, com o potencial de melhorar os desfechos pós-operatórios quando comparada às técnicas convencionais, como a laparoscopia. Essa abordagem oferece vantagens técnicas, como maior precisão cirúrgica, redução do trauma tecidual e visualização ampliada, o que pode resultar em menor morbidade e melhores resultados oncológicos a longo prazo. No entanto, a eficácia dessa modalidade cirúrgica em termos de complicações pós-operatórias e recuperação funcional ainda é um tema de debate na literatura científica. Objetivo: O objetivo desta revisão integrativa foi avaliar a eficácia da cirurgia robótica no tratamento do câncer colorretal, com foco nos resultados pós-operatórios, como complicações, tempo de recuperação e taxa de recorrência tumoral. Metodologia: Foi conduzida uma revisão integrativa utilizando as bases de dados PubMed, Scopus e Web of Science, abrangendo artigos publicados entre 2013 e 2023. Os descritores utilizados foram "câncer colorretal", "cirurgia robótica" e "resultados pós-operatórios". Foram incluídos estudos clínicos randomizados e coortes prospectivas que compararam os resultados pós-operatórios de pacientes submetidos à cirurgia robótica e técnicas convencionais. Após triagem inicial, 22 estudos atenderam aos critérios de inclusão e foram analisados de acordo com a qualidade metodológica e relevância clínica. Resultados e Discussão: Os estudos revisados indicam que a cirurgia robótica está associada a uma menor taxa de complicações pós-operatórias, como infecção de sítio cirúrgico e fístulas anastomóticas, além de uma redução no tempo de internação hospitalar em comparação à cirurgia laparoscópica. Além disso, a cirurgia robótica demonstrou uma melhor preservação da função esfincteriana em pacientes com câncer colorretal distal, o que contribuiu para uma melhor qualidade de vida pós-operatória. No entanto, o custo elevado da tecnologia e a curva de aprendizado dos cirurgiões ainda são fatores limitantes para sua ampla adoção. Em termos de recorrência tumoral e sobrevida a longo prazo, não foram observadas diferenças significativas em relação às técnicas convencionais. Conclusão: A cirurgia robótica tem se mostrado uma alternativa eficaz e segura no tratamento do câncer colorretal, apresentando benefícios no pós-operatório, como menor taxa de complicações e recuperação mais rápida. No entanto, mais estudos de longo prazo são necessários para confirmar os benefícios oncológicos e justificar os altos custos associados à técnica.
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Vitória Vilas Boas da Silva Bomfim - Diretora da Revista Científica Pesquisa Brasil
Gustavo Lopes de Oliveira - Faculdade de Ciencias Médicas de Ipatinga AFYA
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