Introdução: O infarto agudo do miocárdio (IAM) é uma das principais causas de mortalidade global, resultando em danos irreversíveis ao tecido cardíaco. Nos últimos anos, a terapia com células-tronco tem sido investigada como uma abordagem promissora para promover a regeneração do miocárdio lesionado. Diversos estudos exploram o potencial das células-tronco, como as mesenquimais e as derivadas de tecido cardíaco, para reparar e regenerar o tecido danificado, proporcionando novas perspectivas no tratamento pós-infarto. Objetivo: O objetivo desta revisão integrativa é analisar as evidências científicas mais recentes sobre o uso de células-tronco na regeneração do tecido cardíaco em pacientes após infarto do miocárdio, avaliando sua eficácia, segurança e possíveis limitações. Metodologia: Foi realizada uma busca em bases de dados como PubMed, Scopus e Embase, incluindo estudos publicados entre 2010 e 2023. Foram selecionados ensaios clínicos, revisões sistemáticas e estudos experimentais que abordaram o uso de células-tronco para a regeneração cardíaca. Os critérios de inclusão focaram em estudos que analisaram tanto os efeitos funcionais quanto estruturais da regeneração miocárdica. Os resultados foram agrupados e discutidos de forma qualitativa. Resultados e Discussão: Foram incluídos 18 estudos, dos quais a maioria demonstrou resultados promissores em termos de melhora da função cardíaca e redução da área de necrose miocárdica após a aplicação de células-tronco. As células-tronco mesenquimais (CTMs) foram as mais estudadas, com resultados que sugerem melhoria na fração de ejeção do ventrículo esquerdo e na regeneração do tecido cardíaco. No entanto, os mecanismos precisos de ação ainda não estão completamente compreendidos. Estudos mais recentes apontam para a potencialidade das células-tronco derivadas de tecido cardíaco e células pluripotentes induzidas (iPSCs) como opções promissoras, embora o risco de arritmias e a baixa taxa de sobrevivência celular no ambiente hostil do coração pós-infarto ainda sejam desafios significativos. Conclusão: O uso de células-tronco para regeneração cardíaca pós-infarto do miocárdio apresenta um campo de pesquisa promissor, com evidências demonstrando potencial para melhorar a função cardíaca e reduzir o tamanho do infarto. No entanto, são necessárias mais investigações para otimizar os protocolos terapêuticos, superar os desafios de segurança e aprimorar as taxas de retenção e diferenciação celular no miocárdio danificado.
Comissão Organizadora e Científica
Vitória Vilas Boas da Silva Bomfim - Diretora da Revista Científica Pesquisa Brasil
Gustavo Lopes de Oliveira - Faculdade de Ciencias Médicas de Ipatinga AFYA
Frederico Noboro Figueiredo Nakagawa - Faculdade de Ciências Médicas de Ipatinga AFYA
Giullia Gonçalves Fabri - Faculdade de Ciências Médicas de Ipatinga AFYA
Rebeca Magalhães Cardoso - Centro Universitário Maurício de Nassau
Carlos Augusto da Conceição Sena Filho - Centro Universitário São Lucas
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