RELAÇÃO ENTRE DISBIOSE INTESTINAL E DESENVOLVIMENTO DE DOENÇA HEPÁTICA GURDUROSA NÃO ALCOÓLICA: EVIDÊNCIAS RECENTES

  • Autor
  • YURI BRITO SHIROMA
  • Co-autores
  • DEBORA SILVEIRA DAMAS FERNANDES , MAYARA RODRIGUES AGUIAR DE CARVALHO , GUSTAWO SOUSA
  • Resumo
  • Introdução: A Doença Hepática Gordurosa Não Alcoólica (DHGNA) é uma condição multifatorial frequentemente associada à obesidade, resistência à insulina e alterações metabólicas. Estudos recentes sugerem que a disbiose intestinal desempenha um papel crucial na patogênese da DHGNA, mediando processos inflamatórios e metabólicos por meio do eixo intestino-fígado. Objetivo: Explorar as evidências científicas que correlacionam a disbiose intestinal ao desenvolvimento e progressão da DHGNA, com foco nos mecanismos fisiopatológicos envolvidos e nas possibilidades terapêuticas. Metodologia: Foi realizada uma revisão integrativa seguindo as diretrizes PRISMA, abrangendo estudos publicados entre 2018 e 2024 nas bases de dados PubMed, Scopus e Web of Science. Os descritores utilizados incluíram "disbiose intestinal", "doença hepática gordurosa não alcoólica" e "microbiota intestinal". Após triagem, foram incluídos 37 artigos que atendiam aos critérios de elegibilidade. Resultados: Os resultados indicam que a disbiose intestinal está associada à maior permeabilidade intestinal, promovendo translocação bacteriana e aumento de endotoxinas no fígado. Isso ativa vias inflamatórias, como o TLR4/NF-?B, e contribui para o acúmulo de gordura hepática. A composição alterada da microbiota intestinal também influencia a produção de metabólitos, como ácidos graxos de cadeia curta e lipopolissacarídeos, que afetam diretamente a homeostase hepática. Intervenções com prebióticos, probióticos e simbióticos mostram potencial para modular a microbiota e reduzir os marcadores inflamatórios associados à DHGNA. Discussão: A disbiose intestinal emerge como um fator central na patogênese da DHGNA, destacando o eixo intestino-fígado como alvo terapêutico promissor. Contudo, a heterogeneidade dos estudos limita a generalização dos resultados. Pesquisas futuras devem focar em ensaios clínicos randomizados que explorem intervenções direcionadas à microbiota intestinal. Considerações Finais: As evidências atuais reforçam a relação entre disbiose intestinal e DHGNA, sugerindo que estratégias terapêuticas baseadas na modulação da microbiota intestinal podem complementar os tratamentos convencionais. Este campo apresenta perspectivas promissoras para melhorar o manejo clínico da DHGNA.

  • Palavras-chave
  • Disbiose Intestinal, Doença Hepática Gordurosa Não Alcoólica, Microbiota Intestinal
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