Introdução: As doenças crônicas não transmissíveis, seus agravos e formas de recuperação podem estar associados a idade pela maior exposição a comportamentos inadequados de saúde e/ou fatores de risco. Objetivo: Comparar a condição de saúde bucal entre adultos mais jovens e mais velhos em uma população quilombola urbana. Método: Trata-se de um estudo transversal de base populacional com coleta domiciliar por amostragem não-probabilística de adultos em faixa etária ampliada (18-64 anos) entre quilombolas do Barro Preto, Jequié-BA. Os dados foram obtidos por meio de questionário sociodemográficos e exame clínico, com uso do índice de dentes permanentes cariados, perdidos e obturados (CPOD), necessidade de tratamento para cárie dentária, uso e necessidade de prótese dentária, segundo a Organização Mundial da Saúde. Uma avaliadora previamente treinada e calibrada coletou os dados nos domicílios entre outubro de 2023 a março de 2024. A comparação entre as faixas etárias de adultos jovens (18 a 44 anos) e mais velhos (45 a 64 anos) foi realizada no caso de médias por meio do teste de Mann-Whitney U e de proporções pelo teste qui-quadrado (p<0,05). Resultados: Participaram 238 adultos. Os adultos mais jovens apresentaram menor experiência de cárie (19,41±8,13) (p<0,001) e do componente de dentes perdidos (5,50±8,12 versus 14,76±10,04, p<0,001). Não houve diferença entre a média de dentes com necessidade de tratamento para cárie dentária entre adultos jovens (2,26±3,13) e mais velhos (1,87±2,75) (p=0,224). Houve maior proporção de adultos jovens que não usava prótese dentária na arcada superior (82,3% versus 49,5%, p<0,001) ou inferior (94,3% versus 77,3%, p<0,001) ou não necessitava de prótese dentária na arcada inferior (51,8% versus 28,9%, p<0,001). Conclusão: Os adultos quilombolas urbanos mais jovens apresentaram menor experiência de cárie, principalmente devido a menor média de dentes perdidos, e por isso, sofriam menos da sequela da doença, como uso e necessidade de prótese dentária.
É com imensa alegria e um coração cheio de gratidão que declaro aberta a Segunda Edição do Congresso de Odontologia do Interior da Bahia!
Gostaria de iniciar fazendo um agradecimento especial ao Prof. Dr. Manoelito Ferreira Silva Júnior, que há um tempo atrás, me procurou lá na Unex com uma ideia. O que começou como um sonho para um evento talvez pequeno, vejam só, se tornou esta grandiosa realidade. Isso nos mostra que, verdadeiramente, a união faz a força.
Essa força não teria sido possível sem o apoio incondicional, Por isso, quero expressar minha profunda gratidão à Profa. Milena Bahiense, Diretora da Unex campus Jequié, por acreditar no nosso evento desde o primeiro momento e por todo o suporte que tornou isso uma realidade. E também agradeço imensamente à reitoria da Uesb na pessoa do Vice-reitor Prof. Dr. Marcos Henrique Fernandes,e a coordenação do Curso de Odontologia da Uesb, na pessoa do Prof Dr. Murilo Rangel, que incentivaram e abriram portas para que este congresso pudesse acontecer com a grandiosidade que ele merece.
A colaboração entre instituições, entre profissionais e estudantes, é o que nos permite alcançar voos cada vez mais altos. Este evento é a prova viva de que juntos somos mais fortes e quem sai ganhando é a Odontologia do interior da Bahia.
Não posso deixar de mencionar e agradecer o apoio que tivemos para a realização desse congresso da Prefeitura Municipal de Jequié, do governo do Estado da Bahia, da Associação Brasileira de Odontologia (ABO) seção Vitória da Conquista e do Conselho Regional de Odontologia da Bahia (CRO).
Tenho uma enorme satisfação em ver este auditório vibrante, repleto de colegas, professores e, especialmente, nossos queridos estudantes da UESB e da UNEX, cuja presença massiva nos enche de orgulho. É também um prazer receber um número ainda maior de profissionais neste ano, o que só reafirma a relevância e o crescimento do nosso congresso.
Este evento é, antes de tudo, um grande encontro científico. Passaremos os próximos dias imersos em conhecimento, trocando experiências e nos atualizando sobre o que há de mais inovador na Odontologia. Que cada palestra, cada debate e cada momento de aprendizado nos inspire a sermos profissionais ainda melhores e mais completos.
Mas o nosso congresso vai muito além da ciência. Ele tem um forte e inegável impacto social. No ano passado, com nossas inscrições, arrecadamos mais de meia tonelada de alimentos, e esse ano, já doamos também mais de meia tonelada de alimentos para associações como Cape, AJece, Centro de Cultura, Ser Livre e fundação leur brito e doações de fraldas geriátricas e latas de leite que foram realizadas ano passado e se repetirão esse ano, para a fundação leur Brito. São ações como essas que nos lembram que a odontologia é uma profissão com um profundo compromisso com a comunidade, capaz de transformar vidas para além do consultório.
E por falar em transformação, quero aproveitar a oportunidade para trazer uma reflexão. Observando a nossa mesa de abertura, composta por três homens e três mulheres, sinto um orgulho especial. Essa composição não é meramente uma coincidência; ela é um reflexo do nosso compromisso com a equidade de gênero.
Não só na sociedade como um todo, de forma histórica, mas sobretudo Na odontologia, uma profissão que historicamente tem visto a ascensão e a liderança de mulheres, é fundamental que continuemos a promover a igualdade de oportunidades e o reconhecimento do talento, independentemente do gênero. A diversidade de perspectivas e a valorização de todos os profissionais enriquecem a nossa ciência e a nossa prática diária. Que essa representatividade se torne cada vez mais a regra, em todas as esferas da nossa profissão.
Por fim, mas não menos importante, agradeço imensamente a cada um que contribuiu para a realização deste congresso: à nossa dedicada comissão organizadora, como sempre digo é um evento feito pelos alunos, parabéns por tudo que fizeram e ainda farão nesses dias. aos nossos palestrantes e aos patrocinadores, que acreditaram mais uma vez no nosso evento e a todos vocês que nos prestigiam com sua presença. Que tenhamos dias de muito aprendizado, networking e, acima de tudo, que a odontologia continue a ser um instrumento de saúde, bem-estar e transformação social.
Um excelente congresso a todos! Muito obrigada!
Profa. Me. Samylle Martins Sampaio Bertani
Presidente Docente do II Congresso de Odontologia do Inteiror da Bahia (COIB)
Comissão Organizadora
II Congresso de Odontologia do Interior da Bahia
Presidência
Prof. Me. Samylle Martins Sampaio Bertani - Presidente Docente
Prof. Dr. Manoelito Ferreira Silva Junior - Vice-Presidente Docente
Evelyn Costa Santiago - Presidente Discente
Letícia Matos da Costa - Vice-Presidente Discente
Comissão Científica
Prof. Dr. Haroldo José Mendes - Coordenador Docente
Ruth Andrade Rodrigues - Coordenadora Discente (Unex)
Kédma Luise Camilo Santiago - Coordenadora Discente (Uesb)
Katiuce da Silva Barreto Fernandes Moraes - Membro executor
Tainara de Jesus Pereira - Membro executor
Beatriz Almeida Cardoso Silva- Membro executor
Letícia Araújo Moncôrvo Lima - Membro executor
Comissão de Ética
Profa. Dra. Annie Duque Ferreira - Docente Coordenadora
Profa. Me. Samylle Martins Sampaio Bertani - Presidente Docente
Prof. Dr. Manoelito Ferreira Silva Junior
Prof. Dr. Haroldo José Mendes
coib.jq@gmail.com