INTRODUÇÃO: A hérnia inguinal pediátrica é uma condição comum em crianças, com uma incidência de 0,8% a 4,4%, ocorrendo devido à falha no fechamento do processo vaginal do peritônio. Nesta condição, a intervenção cirúrgica é necessária para evitar complicações. A cirurgia aberta é o padrão ouro, mas a técnica laparoscópica está se tornando cada vez mais comum. OBJETIVOS: Neste contexto, em razão do crescente uso da laparoscopia, objetiva-se, por meio deste trabalho, comparar as técnicas aberta e laparoscópica de herniorrafia inguinal pediátrica, avaliando eficácia, segurança, tempo de recuperação, taxa de recidiva. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, do tipo revisão de literatura, feita na plataforma de busca avançada MEDLINE-PubMed. Os descritores aplicados foram combinados pelo operador booleano AND. Como critérios de inclusão, foram considerados ensaios clínicos randomizados em inglês, português ou espanhol, publicados de 2020 a 2024. RESULTADOS: Com a metodologia de busca aplicada, foram encontrados 17 artigos. Após a exclusão de duplicatas, 8 trabalhos foram selecionados, dos quais 4 compararam as técnicas cirúrgicas em relação à eficácia, segurança, complicações, 2 discutiram os aspectos pós-operatórios e 2 analisaram a recuperação e taxa de recidiva. DISCUSSÃO: A herniorrafia laparoscópica demonstrou vantagens, como a capacidade de inspeção do canal inguinal contralateral, menor taxa de complicações, como infecções e hematomas, recuperação mais rápida e menos dor no pós-operatório, o que sugere a laparoscopia como vantajosa em termos de conforto dos pacientes pediátricos. CONCLUSÕES: A escolha entre técnicas deve ser individualizada, considerando a experiência do cirurgião e as circunstâncias clínicas. Até o momento, a laparoscopia está se tornando uma alternativa viável à técnica aberta tradicional. No entanto, é essencial continuar a avaliar criticamente as evidências e pesquisas adicionais para consolidar o conhecimento.
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