FARMACOTERAPIA COM METILFENIDATO E RISCOS CARDIOVASCULARES - UMA REVISÃO INTEGRATIVA

  • Autor
  • Matheus Victor Sousa de Sales
  • Co-autores
  • Júlia Veríssimo Araújo Bezerra , Mikaelly Aparecida Araújo Alves , Adrielly Cândida Ferreira Trindade , Manuela Fernandes de Oliveira , Igor Soares Gianini Grecca , Ricardo José Tofano
  • Resumo
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    INTRODUÇÃO: O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é uma condição neurocomportamental marcada por impulsividade, desatenção e hiperatividade, afetando crianças e adultos. O Metilfenidato (MPH), um estimulante do sistema nervoso central, é comum no tratamento do TDAH, mas existem preocupações sobre eventos cardiovasculares adversos associados a esta farmacoterapia. OBJETIVO: Avaliar os riscos cardiovasculares do tratamento com Metilfenidato. METODOLOGIA: Revisão integrativa de estudos em inglês no PubMed, publicados entre 2012 e 2024, utilizando os descritores “methylphenidate” e “cardiovascular risk”. De 36 estudos encontrados, 5 foram selecionados após aplicação de critérios de inclusão, leitura do título e resumo. RESULTADOS: Os estudos indicam que o uso de MPH pode estar associado a um aumento discreto no risco de eventos cardiovasculares, especialmente no início do tratamento, com um risco significativo de arritmias. O histórico de eventos cardiovasculares anteriores também contribui para a reincidência. Não foram evidenciados riscos significativos de acidente vascular encefálico ou insuficiência cardíaca. Um estudo sugeriu que o uso prolongado pode causar elevação da pressão arterial e disfunção diastólica do ventrículo esquerdo. Outro estudo mostrou aumento nos parâmetros de problemas de repolarização cardíaca em crianças. DISCUSSÃO: O MPH, devido às suas propriedades simpatomiméticas que aumentam os efeitos noradrenérgicos e dopaminérgicos, eleva a frequência cardíaca e a pressão arterial, além de ter efeitos pró-arrítmicos. Portanto, é pertinente realizar o monitoramento cardíaco e a investigação do histórico clínico quanto ao risco cardiovascular do paciente, observando os potenciais desfechos relacionados ao uso da medicação a curto e longo prazo. CONCLUSÃO: O uso de MPH apresenta uma probabilidade modesta de eventos cardiovasculares adversos, ressaltando a necessidade de avaliação individualizada dos benefícios e riscos.

     

  • Palavras-chave
  • Metilfenidato; Risco Cardiovascular; TDAH.
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