O IMPACTO DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS NA REGIÃO SUL DO BRASIL

  • Autor
  • Anna Luiza Fetti
  • Co-autores
  • Ana Clara Oliveira Penteado , Maria Júlia Daniel Peixoto , Larissa Almeida Araújo de Paula , Rafaela Gazoli Barbosa , Maria Victoria Santos Kloster , Maria Clara Capobianco Marangão , Vitor Fernando Bordin Miola , Priscila Peres Traskini Mourão
  • Resumo
  • INTRODUÇÃO: As mudanças climáticas advindas da exploração de recursos naturais têm se tornado cada vez mais intensas, como as enchentes recorrentes no Estado do Rio Grande do Sul (RS). Nesse contexto, surge a preocupação com o avanço das doenças infecciosas e parasitárias e sua implicação direta na saúde da população brasileira. OBJETIVO(S): Analisar o impacto das mudanças climáticas nos casos de leptospirose, dengue e tétano acidental na região Sul do Brasil entre os anos de 2018 e 2022. METODOLOGIA: Estudo ecológico por meio da análise de dados secundários do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde e do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos sobre os casos de leptospirose, dengue e tétano acidental na região Sul do Brasil entre os anos de 2018 e 2022. As variáveis faixa etária, desfecho epidemiológico, temperatura climática e precipitação de chuva foram descritas pela média e frequência absoluta e relativa. RESULTADOS: Foram registradas 4.269 (31,8%), 704.791 (15%) e 227 (23,8%) casos de leptospirose, dengue e tétano acidental, respectivamente. Destes, houve 267 (6,2%), 724 (0,1%) e 83 (36,5%) óbitos decorrentes de agravo clínico. Exceto pela dengue, a maior proporção de notificação pertence a faixa etária de 40 a 59 anos. Houve um aumento de 104 mm na média anual dos níveis de precipitação de chuva e 1,6ºC na temperatura média. DISCUSSÃO: Fatores climáticos estão explicitamente implicados no surgimento de doenças zoonóticas, bem como a reemergência de doenças previamente controladas. A elevação das temperaturas e eventos extremos, como inundações e secas permitem que vetores expandam seus habitats para regiões anteriormente inóspitas. A emergência de doenças infecciosas requer adaptações rápidas e significativas nas práticas de saúde pública. CONCLUSÕES: Dada a inevitabilidade das mudanças climáticas, é imperativo que sejam implementadas estratégias robustas de mitigação e adaptação para reduzir os impactos das doenças infecciosas.

  • Palavras-chave
  • Doenças Transmissíveis; Mudança Climática; Saúde Pública.
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