IMPACTOS DO USO CONTÍNUO DE CORTICOSTERÓIDES NO DESENVOLVIMENTO PUBERAL: UMA REVISÃO DA LITERATURA

IMPACTOS DO USO CONTÍNUO DE CORTICOSTERÓIDES NO DESENVOLVIMENTO PUBERAL: UMA REVISÃO DA LITERATURA

• Autor
• Antony Oliveira Silva
• Co-autores
• Alicia Costa Lemes , Caroline Sollis , Larissa Machado de Souza , Laura Prette Camargo , Letícia Mathias Simões Nakano , Lorena Natalino Haber Garcia , Maria Eduarda Costa Tamega , Vitor Hugo Queiroz Rostelato Silva , Jesselina Francisco dos Santos Haber
• Resumo

• INTRODUÇÃO: A puberdade pode ser definida como uma época de mudanças físicas e psicológicas, em que fatores sociais e neuroendócrinos se correlacionam no desenvolvimento pubertal. Dentre os fatores que podem influenciar o processo de desenvolvimento estão os glicocorticoides, utilizados na prática clínica para tratar principalmente doenças inflamatórias e imunológicas. Dessa forma, é crucial entendermos como o uso contínuo de glicocorticoides impacta no desenvolvimento puberal. OBJETIVO: O presente estudo tem como objetivo analisar os impactos dos corticosteroides no desenvolvimento puberal. METODOLOGIA: Foi realizado uma revisão de literatura feita com estudos dos últimos 6 anos presentes na base de dados PubMed, com os seguintes descritores “(Use of corticosteroids)” AND “(pubertal or puberty)" e filtros "Child:6-12 years" e "Adolescent:13-18 years". Foram encontrados 162 estudos, dos quais 6 foram selecionados após uma análise crítica. RESULTADOS: O uso contínuo de corticosteroides foi relacionado ao retardo da puberdade e injúrias no crescimento/desenvolvimento ósseo, que foram atribuídos a inibições centrais em importantes eixos hormonais, como do Growth Hormone (GH), e alterações na biodisponibilidade de cálcio e na atividade das células ósseas e cartilaginosas. DISCUSSÃO: Nos últimos anos, muitas pesquisas têm investigado a interrelação dos sistemas nervoso central, endócrino e imunológico, relação essa que ainda permanece incerta. Um foco é otimizar o tratamento com glicocorticoides para adequar aos ritmos individuais de cortisol dos pacientes, minimizando os efeitos adversos sobre crescimento, puberdade e densidade mineral óssea, o que reduz o risco de fragilidade óssea presente ou futura. CONCLUSÃO: Os distúrbios puberais são frequentes entre adolescentes que enfrentam condições médicas crônicas e que fazem o uso contínuo de glicocorticoides, portanto, o monitoramento por especialistas em endocrinologia pediatria é crucial. 

• Palavras-chave
• Puberdade; Corticosteroides; Sistema Neuroendócrino.
• Área Temática
• Clínica Médica

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