ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE CASOS DE HANSENÍASE COM LESÃO CUTÂNEA NO SUDESTE DO BRASIL DE 2019 A 2023

ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE CASOS DE HANSENÍASE COM LESÃO CUTÂNEA NO SUDESTE DO BRASIL DE 2019 A 2023

• Autor
• Gabriela Manfrê Rodrigues
• Co-autores
• Amanda Travessa Chambó , Julia Antunes Raimundo
• Resumo

• INTRODUÇÃO: A Hanseníase, doença contagiosa, causada pelo Mycobacterium leprae, afeta pele e nervos periféricos, levando a lesões cutâneas, perda de sensibilidade e danos anatômicos que podem afetar mobilidade, fala e audição. O controle da doença é desafiador no Brasil, especialmente em regiões com vigilância e acesso à saúde limitados. O país é o segundo no mundo em número de casos registrados, atrás da Índia. OBJETIVO: Analisar o perfil epidemiológico de casos de Hanseníase registrados com lesão cutânea no sudeste do Brasil no período de 2019 a 2023. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo ecológico descritivo, onde os dados de casos de Hanseníase no Brasil foram coletados no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Foram incluídos todos os casos de Hanseníase registrados com lesão cutânea na região sudeste do Brasil na faixa etária entre 20 a 59 anos no período de 2019 a 2023. Foram excluídos os demais períodos. RESULTADOS: Foram registrados 82.139 casos de Hanseníase com lesão cutânea na região sudeste do Brasil, entre a faixa etária de 20 a 59 anos. Em detalhe, foram 21.813 casos em 2019, seguido por 2022 com 19.937, 2021 com 19.199, 2020 com 16.131, e por fim, 2023 com 5.059. Em relação à faixa etária, foram 26.411 de 50 a 59 anos, em seguida 24.555 de 40 a 49 anos, 18.243 de 30 a 39 anos e, por último, 12.930 de 20 a 29 anos. DISCUSSÃO: Houve uma redução nos registros de hanseníase em 2020 comparado a 2019, que, conforme relatado na literatura, foi atribuída ao distanciamento social, interrupção de serviços de saúde e priorização da pandemia. Isso afetou a detecção de novos casos, levando a atrasos no tratamento e aumento do abandono do mesmo. CONCLUSÕES: Conclui-se que a hanseníase ainda é uma doença presente na população. Portanto, é crucial desenvolver estratégias educativas para promover o diagnóstico e tratamento precoces. Rastreamento, monitoramento e intervenções são essenciais para informar e prevenir a disseminação da hanseníase.

• Palavras-chave
• Hanseníase; Lesões Cutâneas; Epidemiologia.
• Área Temática
• Temas Livres

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