INTRODUÇÃO: O uso do cigarro eletrônico (CE), aumentado nos últimos anos ainda que proibido no Brasil, promove discussões sobre pneumopatias relacionadas ao seu uso, vistos os efeitos associados a perda de função pulmonar. Embora considerado uma alternativa mais segura, seu uso pode ser tão prejudicial quanto o cigarro convencional. OBJETIVO: Analisar a relação entre o uso de CE e o acometimento agudo respiratório. METODOLOGIA: Realizou-se uma revisão integrativa de literatura, tendo como pergunta norteadora “quais os efeitos agudos do uso de cigarro eletrônico?”, na base de dados PubMed, utilizando os descritores “Electronic cigarettes” e “acute effects”, incluindo revisões sistemáticas na língua inglesa publicadas nos últimos 5 anos e disponíveis para leitura integral. Foram encontrados 55 artigos dos quais 22 foram enquadrados. RESULTADOS: Houve associação significativa entre o uso de CE e o acometimento pulmonar agudo, com manifestações clínicas como tosse, fadiga e alterações radiológicas relacionadas à redução da densidade pulmonar. DISCUSSÃO: O uso de CE está associado a efeitos deletérios tanto moleculares quanto sistêmicos. A exposição ao vapor desses dispositivos promove a liberação de citocinas pró-inflamatórias, como interleucina (IL)-1?, IL-6, IL-8 e fator de necrose tumoral ?, resultando na redução da capacidade vital em até 2 horas após exposição e aumento da resistência ao fluxo de ar, contribuindo para exacerbações de crises de asma e DPOC. Além disso, os CE pode ser cardiotóxico, elevando o risco de problemas cardiovasculares, incluindo rigidez arterial, arritmias, hipertensão, aumento da frequência cardíaca e agregação plaquetária. CONCLUSÕES: Devido aos impactos agudos negativos, a conscientização sobre o uso de cigarro eletrônico e a documentada EVALI deve ser associada à divulgação da incerteza dos profissionais da saúde sobre o impacto pulmonar a longo prazo dessa prática. PALAVRAS-CHAVE: EVALI; pneumopatia; vaping; cigarro eletrônico.
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