Correlação da Orientação Sexual e o Rastreamento do Câncer de Colo de Útero

Correlação da Orientação Sexual e o Rastreamento do Câncer de Colo de Útero

• Autor
• Jordana Colombo Barboza
• Co-autores
• Anne Yasmin Stati Possetti , Beatriz Freiria Cabrini , Cauê Toledo Oliveira , Gabriela Alcântara Barbosa , Gabriela Junqueira Miguita , Giovanna de Araújo Ferreira , Gustavo Garcia Leite Pavanetti , Júlia Lavoratto , Thais Erika Giaxa Medeiros
• Resumo

• INTRODUÇÃO: O câncer de colo de útero (CCU) é uma das principais causas de morte entre mulheres em todo o mundo. Pode ser prevenido de forma eficaz através de exames de rastreamento e vacinação contra o papilomavírus humano (HPV). No entanto, estudos recentes indicam que mulheres de minorias sexuais (MS), como lésbicas, podem ter acesso e adesão diminuída à essas prevenções; além disso, estudos afirmam que a incidência de CCU é relativamente menor em mulheres que se identificam como lésbicas e que nunca tiveram relação sexual peniana. OBJETIVO(S): Através de uma revisão, correlacionar a orientação sexual com o rastreamento do CCU. METODOLOGIA: Realizada busca na base do PubMed usando os descritores "Sexual Orientation" e "Cervical Cancer", conectados pelo operador booleano “AND”. Como filtros, foram utilizados “Free Full Text” e produções dos últimos 5 anos. Desconsiderou-se artigos de revisão. Foram selecionados 6 artigos ao final. RESULTADOS: Em um estudo de 2022 nos Estados Unidos, MS tiveram menor adesão aos exames preventivos quando em comparação com grupo heterossexual, alegando medo de represálias. Outro estudo de 2022 mostra que mulheres que mantêm relação sexual com outras mulheres tendem a realizarem menos exames preventivos. Estudo de 2021, no Canadá, demonstra que mulheres MS com histórico vacinal contra o HPV, possuem maior tendência a não procurarem prevenção contra o CCU pela ideia de estarem imunes ao vírus. DISCUSSÃO: Os estudos demonstram que a orientação sexual é fator interferente na busca/realização de exames de rastreio. O preconceito contra MS ainda é latente e fator limitante para que esse grupo busque serviços médicos preventivos. Além disso, a falsa ideia de que a vacinação contra o HPV garante imunidade contra todos os tipos virais do HPV e por isso a prevenção não é feita é fator atenuante para a conjectura. CONCLUSÕES: Há correlação entre orientação sexual e rastreamento do CCU. No entanto, faz-se necessário mais estudos sobre o tema.

• Palavras-chave
• Orientação sexual, Câncer de colo do útero, Teste de Papanicolaou, Sexualidade
• Área Temática
• Ginecologia e Obstetrícia

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