INTRODUÇÃO: A depressão apresenta-se como um grande problema de saúde, de maneira que se tenta desvendar seus mecanismos. Assim, surge a premissa de que acontecimentos passados podem agir como gatilhos ao seu desenvolvimento, como eventos traumáticos na infância. OBJETIVO(S): Identificar a relação entre experiências traumáticas na infância e a inclinação ao surgimento de quadros depressivos na vida adulta. METODOLOGIA: Trata-se de uma Revisão Integrativa da Literatura, realizada no Portal PubMed, a partir dos seguintes descritores e estratégias de busca: “Trauma” AND “Childhood” AND “Depression”. Os critérios de inclusão foram artigos no idioma inglês, completos e gratuitos, publicados nos últimos 5 anos. Os de exclusão foram revisões ou artigos que não contemplasse a temática central desta pesquisa. A busca inicial evidenciou 971 artigos. A partir dos critérios de exclusão e da leitura dos títulos e resumos, foram selecionados 16 artigos para esta Revisão. RESULTADOS: Verificou-se relação entre o trauma infantil e a depressão em adultos, mediada por diversos mecanismos neuropsicológicos. Contudo, são descritos diversos mediadores e moderadores responsáveis por esse processo, dado o longo tempo transcorrido entre as duas etapas da vida. Ademais, foram averiguadas diferentes formas de trauma infantil, sendo todos concordantes com a projeção de transtornos depressivos futuros. DISCUSSÃO: Diversas outras variáveis devem ser levadas em consideração, especialmente fatores sociodemográficos e demais intercorrências diárias. Apesar de muitos fatores incidentes, o trauma infantil segue como uma variável independente em diversos estudos para o desenvolvimento da depressão na fase adulta. CONCLUSÕES: A depressão possui correlação positiva com episódios traumáticos da infância, que promovem o surgimento desta doença mental. Portanto, faz-se necessário um ambiente seguro e livre de riscos maiores às crianças, de modo a prevenir sofrimentos futuros.
Comissão Organizadora
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