CETOACIDOSE DIABÉTICA EUGLICÊMICA E USO DE DAPAGLIFLOZINA

  • Autor
  • Laureen Garcia Simões de Souza
  • Co-autores
  • Ana Carolina Berto Teixeira , Ana Paula Bandiera Gonçalves , Amanda Paiva Feitosa , Luccas Braz Pires Paraguassú de Souza , Maria Vitória Berti Carnelozzi , Nathália Padovani Pilon , Vitória Heloísa Venâncio De Oliveira , Piero Biteli , Jessica Regina Teixeira Mattera
  • Resumo
  • INTRODUÇÃO: A cetoacidose diabética (CAD) é uma complicação do diabetes mellitus (DM1), caracterizada por hiperglicemia, corpos cetônicos e acidose metabólica. A dapagliflozina, um inibidor do cotransportador sódio-glicose tipo 2 (iSGLT2) tem sido explorada em pacientes com DM1, oferecendo controle glicêmico, porém seu uso tem sido associado ao risco aumentado de cetoacidose euglicêmica. OBJETIVO(S): Elaborar uma revisão sobre o uso da dapagliflozina em pacientes com cetoacidose diabética. METODOLOGIA: Foi realizado uma revisão sistemática, na base de dados PubMed, utilizando-se os descritores "diabetic ketoacidosis and use of dapaglifozin’’. RESULTADOS: A busca resultou em 28 artigos, dos quais, 9 atenderam os critérios de inclusão e exclusão. Os estudos mostraram um aumento do risco de ocorrência de cetoacidose diabética euglicêmica associado ao uso de dapagliflozina, sendo este maior em pacientes com DM1. Um ensaio clínico randomizado, explorou a segurança e eficácia da dapagliflozina de 5 e 10 mg associada ao tratamento com insulina no DM1. Na análise de 52 semanas, observaram 4,0% (11/277) grupo de dapagliflozina de 5 mg, 3,4% (10/296) grupo de 10 mg e 1,9% (5/260) grupo placebo. DISCUSSÃO: O uso da dapaglifozina mostrou-se eficaz na diminuição dos níveis glicêmicos e na redução da HbA1c, entretanto, a CAD euglicêmica foi observada em diversos estudos. Esse evento adverso ocorre pois os inibidores de SGLT2 aumentam a excreção de glicose pela urina, reduzindo a secreção de insulina e estimulando a formação de ácidos graxos livres, que são convertidos em corpos cetônicos aumentando a secreção de glucacon, acarretando na produção exacerbada de corpos cetônicos. CONCLUSÕES: A dapagliflozina é eficaz na redução dos níveis glicêmicos e da HbA1c, mas apresenta risco de cetoacidose diabética euglicêmica em pacientes com diabetes tipo 1, necessitando de mais pesquisas para avaliar esses riscos.

  • Palavras-chave
  • Cetoacidose diabética, Diabetes mellitus, Inibidores do Transportador 2 de Sódio-Glicose
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