INTRODUÇÃO: A otite média eosinofílica (OME) é uma patologia caracterizada pela presença de secreção viscosa em orelha média. Sendo predominante em mulheres acima de 50 anos, afeta normalmente as duas orelhas e tem alta incidência de deterioração do nível auditivo por condução óssea, além da relação com a asma e rinossinusite eosinofílica (RSE). Ademais, é uma doença inflamatória do tipo 2, relacionada com a presença das interleucinas IL-4, IL-5 e IL-13. Em decorrência disso, a OME foi associada à asma brônquica e a RSE. Dentre os tratamentos eficazes há o uso de corticoides e medicamentos biológicos. OBJETIVO(S): Realizar por meio de uma revisão de literatura a análise dos tratamentos e seus desafios na OME. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa com 12 artigos selecionados na base de dados PubMed, após leitura dos resumos e textos completos. Utilizou-se os descritores: “Biológico”, “inflamação”, e “otite média eosinofílica”, articulados pelo operador booleano AND, com filtro “Free Full Text” dos anos “2020-2024”. RESULTADOS: Após a análise observou-se que a administração sistêmica e tópica de corticoide é a forma mais eficaz de controle da inflamação tipo 2 no ouvido médio, porém o uso de glicocorticoides sistêmicos aumenta a perda auditiva neurossensorial. O uso intratimpanica de glicocorticoide mantem a função do ouvido interno, bem como remover o exsudato da cavidade timpânica com auxílio de heparina. Anticorpos biológicos podem ser a melhor terapia complementar, como: Dipimulabe, Mepolizumabe, Benralizumabe, Omalizumabe. DISCUSSÃO: É importante destacar que os corticosteroides devem ser administrados topicamente sempre que possível para minimizar os efeitos colaterais sistêmicos. CONCLUSÕES: A OME pode ser tratada com glicocorticoides sistêmicos e tópicos, com menor efeito indesejado com uso tópico, pois não acarreta perda auditiva neurossensorial, além disso, a utilização de imunobiológicos no tratamento somente como terapia complementar.
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