INTRODUÇÃO: Uma vez estabelecido o prolapso genital, pode causar sintomas como sensação de peso na vagina, dor abdominal, inguinal e lombar. Esses sintomas tendem a ser mais intensos conforme o estágio do prolapso avança. OBJETO: Analisar as taxas de internações por prolapso genital feminino no Brasil. METODOLOGIA: Realizou-se um estudo descritivo, transversal, de abordagem quantitativa, utilizando o Sistema de Informação Hospitalar do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS). As variáveis investigadas incluíram Região, Lista de Morbidade CID-10: Prolapso genital feminino, Cor/Raça (Branca, Preta, Parda, Amarela, Indígena) e o período de março de 2019 a março de 2024. RESULTADOS: Um total de 165.046 internações por prolapso genital feminino entre março de 2019 e março de 2024 foram encontradas. As internações variaram significativamente: 32.430 em 2019, 18.112 em 2020, 18.357 em 2021, 38.156 em 2022, 47.152 em 2023 e 10.839 até março de 2024. Por região, o Nordeste liderou com 62.990 internações, seguido pelo Sudeste com 52.525, Sul com 23.426, Norte com 14.557 e Centro-Oeste com 11.548. Além disso, as mulheres pardas foram as mais afetadas, representando 58,2% do total de internações (83.913 casos), seguidas por mulheres brancas (35,3% - 50.818 casos), negras (4,1% - 5.946 casos), amarelas (2,4% - 3.469 casos) e indígenas (0,1% - 108 casos). DISCUSSÃO: A Região Nordeste liderou em internações devido à alta densidade populacional e eficiência nos sistemas de registro. A redução em 2020-2021 foi devido à pandemia de COVID-19, afetando serviços não emergenciais. O aumento desde 2022 sugere recuperação nos serviços de saúde e/ou aumento na prevalência da condição. Disparidades étnico-raciais podem ser por fatores socioeconômicos, acesso desigual a serviços de saúde e predisposição genética. CONCLUSÃO: Essas informações são essenciais para direcionar políticas públicas de saúde que visem a melhoria no acesso ao diagnóstico e tratamento do prolapso genital feminino.
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