INTRODUÇÃO: O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é um transtorno psiquiátrico de alta prevalência em crianças. Sua predisposição pode estar associada ao uso de substâncias nocivas à saúde no período gravídico-puerperal. OBJETIVO(S): Analisar o impacto da exposição a drogas ilícitas, a álcool e cigarros durante a gestação como fator predisponente para o TDAH na infância. METODOLOGIA: Trata-se de uma Revisão Integrativa de Literatura, realizada no Portal PubMed, a partir dos seguintes descritores: “ADHD” e “Gestation”. Os critérios de inclusão foram artigos publicados nos últimos 5 anos, disponível de forma gratuita e no idioma inglês. Os de exclusão foram revisões e artigos que não possuíssem relação com o objetivo desta pesquisa. A busca inicial identificou 555 artigos. Com base nos critérios de exclusão, e após a leitura dos títulos e resumos, foram selecionados 17 artigos para compor esta pesquisa. RESULTADOS: Dos 17 artigos selecionados, 3 abordam a utilização de álcool, 7 de cigarro, 1 sobre a utilização de ambos e 6 sobre drogas ilícitas, sendo 3 sobre o consumo de cannabis, e os demais sobre opioides, polissubstâncias e metanfetamina, e todos apontaram para a associação positiva entre a utilização de drogas e o risco infantil do desenvolvimento de TDAH. DISCUSSÃO: O uso de substâncias ilícitas na gravidez, como opiáceos, cannabis e metanfetamina, associa-se a um aumento do risco de TDAH na criança. O tabagismo materno pode afetar a atividade cerebral, através da metilação do DNA de GFI1, embora essa relação possa ser influenciada por fatores sociodemográficos. Quanto ao álcool durante a gestação, não há consenso sobre seu impacto nesse contexto. CONCLUSÕES: Há relação entre o uso de substâncias nocivas durante a gestação, essencialmente tabaco e cannabis, e o desenvolvimento de TDAH nas crianças. Porém, frente à escassez literária acerca da relação entre gravidez e substâncias ilícitas, faz-se necessários novos estudos sobre esse tema.
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