INTRODUÇÃO: A endometriose está fortemente ligada à redução da qualidade de vida das mulheres devido a sintomas como infertilidade, dor crônica incapacitante e efeitos sistêmicos, aumentando a vulnerabilidade a várias condições médicas. OBJETIVO: Analisar as taxas de internações hospitalares por endometriose no Brasil. METODOLOGIA Trata-se de um estudo descritivo, transversal, com abordagem quantitativa, realizado no Sistema de Informação Hospitalar do Sistema único de Saúde (SIH/SUS). As variáveis investigadas foram: Região; Lista Morb CID-10: Endometriose; Cor/raça: Branca, Preta; Período: Mar/2019-Mar/2024. Os dados foram coletados, sistematizados, organizados em tabelas e analisados estatisticamente. RESULTADOS: Os resultados revelaram um total de 59.557 internações por endometriose durante o período estudado. As regiões Sudeste e Nordeste apresentaram os maiores números, com 25.793 e 15.391 respectivamente, seguidas pela região Sul com 9.728 internações. A região Norte registrou o menor número, totalizando 3.948 casos. Além disso, das 23.728 internações por endometriose, 89% foram de pacientes brancos e 11% de pretos. A disparidade é mais acentuada na Região Sul, com 96,4% de internações entre brancas, enquanto a Região Nordeste tem a maior proporção de pacientes pretas internados (25,9%). DISCUSSÃO: Os dados indicam não apenas desigualdades regionais, mas também raciais, influenciada por diferenças na densidade populacional, acesso aos serviços de saúde e métodos de diagnóstico. A menor incidência na Região Norte pode ser atribuída à menor densidade populacional e à escassez de hospitais e serviços especializados. Houve um aumento gradual ao longo dos anos, com um pico significativo em 2023, possivelmente devido a uma maior conscientização, avanços no diagnóstico ou aumento real da prevalência da endometriose. CONCLUSÕES: Há uma necessidade de investigar fatores geográficos e raciais da endometriose no Brasil e promover políticas de saúde equitativas
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Arielle Servato Rossi - Presidente Discente
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