A prevenção da encefalocele através da suplementação com ácido fólico
Beatriz Ribeiro Coutinho de Mendonça Furtado¹; Flaviana Ribeiro Coutinho de Mendonça Furtado²; Lara Alípio Pedrosa²; Matheus Lima Dore²; Cristiana Ribeiro Coutinho Furtado³
Autor principal ¹; Co-autor²; Orientador³
INTRODUÇÃO: Durante o período embrionário, podem ocorrer defeitos no desenvolvimento do crânio e do cérebro. A encefalocele é uma hérnia de tecido cerebral através de um defeito congênito ou adquirido do crânio. É reconhecida como uma massa que pode ou não ser pulsátil. A quantidade e a localização do tecido cerebral saliente determinam o tipo e o grau de déficit neurológico. A ingestão periconcepcional de ácido fólico tem se mostrado eficaz na redução da ocorrência de defeitos no tubo neural. Este trabalho visa refletir sobre a prevenção da encefalocele a partir da suplementação com ácido fólico no período periconcepcional, a fim de regredir os danos neurológicos do paciente. METODOLOGIA: Esta revisão bibliográfica teve caráter qualitativo baseado nas leituras exploratórias e seletivas de artigos referentes ao tema proposto, publicados nas bases de dados LILACS e Scielo, no período de 2016 a 2020. RESULTADOS: A encefalocele é um defeito do tubo neural a qual existe uma predisposição genética, aumentando o risco de recorrência após uma criança afetada para 3%. Fatores nutricionais e ambientais também desempenham um papel na etiologia desse defeito do tubo neural. Entre as várias possibilidades de intervenção, o enriquecimento alimentar, a orientação dietética e a suplementação de ácido fólico são recomendadas. Esta última parece ser o método mais efetivo e prático de prevenção de malformações fetais graves, principalmente dos defeitos de fechamento do tubo neural que, sendo a forma sintética da vitamina, é a mais estável e com maior biodisponibilidade. O uso de suplementos de ácido fólico no período periconcepcional reduz significativamente o risco de defeitos do tubo neural em 72%, uma vez que a formação do sistema nervoso central ocorre na primeira semana de gravidez. Preconiza-se o início da administração do ácido fólico três meses antes da concepção. Durante a gestação deve ser mantida até o terceiro mês, suspendendo ao completar 12 semanas. CONCLUSÃO: Considerando o panorama supracitado, é possível concluir que a ingestão de ácido fólico pode produzir efeitos positivos na formação neurológica do paciente.
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