Introdução: O autismo é um transtorno de desenvolvimento grave que prejudica a capacidade de se comunicar e interagir. As causas do autismo ainda não são bem definidas, mas estudos mostram a relação de fatores genéticos, cerebrais (diferenças em regiões do cérebro envolvidas no processamento sócio afetivo) e fatores pré-natais com o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Até os dias atuais ainda não se estabeleceu um exame específico para identificar autismo em crianças, por isso o diagnóstico é feito a partir da observação comportamental. Assim, o objetivo do estudo é efetuar investigação escrupulosa na literatura sobre possíveis formas de identificação precoce do autismo. Métodos: Refere-se a uma revisão bibliográfica a partir de artigos disponibilizados nas plataformas: Google acadêmico, revista sociedade brasileira de pediatria e Scielo entre os anos de 2017 a 2019. Discussão: A partir de dados de literatura, observa-se que o diagnóstico precoce do autismo pode melhorar a qualidade de vida da criança autista, pois quanto mais rápido os traços do TEA forem identificados, mais rapidamente será iniciada a estimulação e mais efetivos serão os ganhos no desenvolvimento neuropsicomotor. Os principais sinais de alerta encontrados em crianças com autismo foram: atraso do sorriso social, a preferência por objetos em vez da interação com faces humanas, a deficiência na reciprocidade do olhar, o atraso na linguagem, a pouca comunicação não-verbal e do apontar. O reconhecimento desses sinais é de fundamental importância no diagnóstico de uma criança com autismo e no início da estimulação da criança ainda na fase precoce. O TEA não possui cura, mas as descobertas da neurociência e as terapias de intervenção precoce podem apresentar resultados de ganhos significativos no desenvolvimento neuropsicomotor das crianças, pois o cérebro apresenta um nível ótimo de formação de redes neurais e habilidades nos primeiros meses de vida, secundário à velocidade da sinaptogênese e à efetividade da mielinização. Dessa forma, a estimulação nessa fase poderá ter resultados mais efetivos do que quando o diagnóstico é tardio. Conclusão: Desse modo, ressalta-se a importância do estudo dos diversos sinais de alerta presente em crianças com autismo a fim de um diagnóstico prévio e uma estimulação ainda na fase precoce da doença, em vista que uma diagnosticação antecipada pode reduzir os sintomas, além de oferecer benefícios no apoio ao desenvolvimento e à aprendizagem.
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