INTRODUÇÃO: A doença de Parkinson é uma desordem progressiva neurodegenerativa, afetando na sua maioria indivíduos na meia-idade e idosos, cuja patologia se concentra em neurônios dopaminérgicos da substância negra, juntamente com as áreas não motoras do sistema nervoso central. Isso leva a sintomas típicos motores, que incluem bradicinesia, tremor e rigidez, bem como uma variedade de sintomas não motores. Limitações essas que quando acometem pacientes jovens são comprometedoras e necessitam de adaptações ao logo de toda a vida do paciente. O atual estudo pretende buscar, na literatura recente, possíveis causas genéticas que justifiquem uma doença que mais acomete idosos, acometer indivíduos com menos de 20 anos. MÉTODOS: Trata-se de uma revisão bibliográfica sistemática cujos dados foram obtidos pela consulta a Biblioteca Nacional de Medicina dos EUA através da plataforma PubMed, acessado no mês de julho de 2020. Foram sondados os estudos mais recentes possíveis acerca do assunto, os selecionados se enquadram no período entre 2010 a 2018. DISCUSSÃO: Diferentemente da forma adulta da doença, o acervo de pesquisa sobre o Parkinsonismo juvenil revelou-se muito ínfimo, visto que acomete apenas 2% dos pacientes. E, a quantidade de estudos ao longo dos anos vêm diminuindo. Entretanto, há uma forte teoria que o acometimento da enfermidade em jovens seja causado por fatores genéticos, por meio de genes específicos que sofreram mutações heterozigotas compostas. Entre eles, foram apontadas no gene FBXO7, que possui um papel importante no processo de mitofagia, ao direcionar o gene PRKN para mitocôndrias despolarizadas disfuncionais. Assim, mutações nesse gene prejudicaria o funcionamento normal das células. Caso ocorra no gene PARK2 (codifica para a proteína parkina), são muito associadas a doença de Parkinson juvenil autossômica recessiva. Foram relatadas também, alterações genéticas que causaram a perda de função do gene RAB39B, geraram o parkinsonismo de início precoce nos pacientes estudados. CONCLUSÃO: A doença de Parkinson juvenil, apesar de rara, pode acarretar diversas implicações a saúde motora e psicológica dos pacientes. A partir dos dados supracitados, foi possível perceber que existe um caráter genético e multifatorial muito importante para o desenvolvimento da doença. Torna-se necessário uma maior quantidade de pesquisas com esse tema por meio de maiores investimentos e uma melhor qualificação genética dos profissionais da medicina.
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