Transporte da Idunorato-2-Sultase por nanopartículas através da barreira hematoencefálica: contribuições para o tratamento de consequências neurológicas em pacientes com mucopolissacaridose tipo II

  • Autor
  • Emanoelle Aparecida Palangani
  • Co-autores
  • Victor Basbosa Assis , Henry Ford Dal'Col Frois , Claudia Cristina Batista Evangelista Coimbra
  • Resumo
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    INTRODUÇÃO: A MPS tipo II, é denominada síndrome de Hunter, sendo um distúrbio genético, relacionada ao defeito de digestão dos (GAGs) pelos lisossomos por causa da ausência da enzima iduronato-2-sulfatase (I2S). Esta síndrome acomete principalmente homens, conforme o acúmulo de GAGs se intensifica, os sintomas são mais visíveis; sendo eles: macrocefalia, aumento de abdômen, perda auditiva, espessamento das válvulas cardíacas, doença obstrutiva das vias aéreas, apnéia do sono, e aumento do fígado e baço. Esta síndrome é progressiva e o depósito de GAGs pode ser em sistemas orgânicos, como cérebro, comprometendo o envolvimento neurológico. A razão da escolha desse tema como revisão de literatura é analisar se existe impacto positivo no Sistema Nervoso Central (SNC) através do uso de nanopartículas (NPs) e biomarcadores para o tratamento por infusão de I2S funcional.  MÉTODOS:  revisão sistemática elaborada mediante busca nas bases de dados Lilacs, Scielo e PubMed, utilizando os seguintes descritores: mucopolissacaridose II e sistema nervoso, de acordo com o idioma do banco de dados. Enumerou-se 22 artigos dos últimos 5 anos, dos quais selecionou-se 3, optando por literaturas mais relevantes e significativas.  DISCUSSÃO: O principal tratamento é por reposição enzimática, diminuindo significativamente os GAGs, entretanto, essa reposição não ocorre no SNC devido a não ultrapassagem da I2S pela Barreira HematoEncefálica (BHE), aumentando deste modo os problemas cognitivos. Mediante o uso de nanopartículas poliméricas (g7-NPs-IDS), orientadas para o encéfalo, estudos in vitro e in vivo (camundongos) comprovaram a capacidade de encapsulamento e transporte da I2S pela BHE, mantendo sua eficácia enzimática. Observou-se, através de análise bioquímica e imuno-histoquímica, a diminuição de 25% de GAGs presentes no parênquima cerebral, 24% no córtex cerebral e 10% no hipocampo, afirmando a propriedade de transpassar a BHE. Além disso, analisou-se em outro estudo, o uso dos níveis do ácido 2-sulfoidurônico como um biomarcador para essa patologia, observando sua eficácia ao identificar taxas elevadas dessa substância no fígado e no cérebro de camundongos portadores de MPS II.  CONCLUSÃO: Diante disso, verifica-se a necessidade de mais estudos, com o intuito de efetivar essa pesquisa em humanos e, assim, proporcionar mais uma técnica diagnóstica e terapêutica para a identificação da mucopolissacaridose tipo II.

     

  • Palavras-chave
  • Mucopolissacaridose II, Sistema nervoso.
  • Área Temática
  • Neurologia
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