SÍFILIS CONGÊNITA EM VITÓRIA DA CONQUISTA-BA: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO NA ÚLTIMA DÉCADA

  • Autor
  • tulio cesar castro machado
  • Co-autores
  • Naiara oliveira andrade , sarah luana novais oliveira , karolina oliveira gomes , cindy lopes oliveira , igor ribeiro novais santos
  • Resumo
  • Introdução: A sífilis congênita é uma infecção causada pela bactéria Treponema pallidum. Manifesta-se clinicamente de variadas formas e com possíveis danos graves ao concepto. Transmitida na forma hematogênica, tanto pela via transplacentáriaquanto pelo contato direto no momento do parto. Pode ser adquirida intraútero em qualquer fase da gestação e estágio da doença. Seu tratamento de escolha é realizado com penicilina conforme os protocolos do Ministério da Saúde. Objetivos: Descrever o perfil epidemiológico dos casos de sífilis congênita no município de Vitória da Conquista-Bahia, na última década. Métodos: Realizado um estudo ecológico observacional utilizando dados de 2009 a 2019. As variáveis analisadas foram: idade, raça, escolaridade da mãe, realização ou não do tratamento adequado, momento do diagnóstico, realização do pré-natal, além das fases de detecção da doença. Resultados: De 2009 a 2019, o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) registrou 188 casos de sífilis congênita em Vitória da Conquista, sendo 56,38% diagnosticados durante o pré-natal e 32,97% no momento do parto. Também constatado que 87,23% dos casos foram classificados como sífilis precoce e 96,27% dos indivíduos acometidos tinham menos de 7 dias de vida. Quanto às características da mãe, houve predomínio em mães pardas (70,21%), com idade entre 20 e 29 anos (45,21%), nível de escolaridade de 5ª a 8ª série incompleto (37,23%) e 82,44% afirmaram ter realizado o pré-natal de forma adequada. Em relação ao tratamento, apenas 6,9% concluíram corretamente, enquanto 39,36% não realizaram nenhuma terapia farmacológica para a infecção. Conclusão: Os dados epidemiológicos referentes aos fatores de risco para a sífilis congênita no município baiano foram similares aos dados nacionais. Tais fatores de risco individuais identificados incluem: gestantes de 20 a 29 anos, raça parda e baixa escolaridade. É notório que a garantia do acesso ao serviço de saúde, a qualidade da assistência pré-natal e no momento do parto são fatores determinantes que reduzem a incidência de sífilis congênita.

  • Palavras-chave
  • Sífilis congênita, Epidemiologia da sífilis, Saúde da criança.
  • Área Temática
  • Neonatologia
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