COMPARATIVO ENTRE O USO DA TERAPIA DE ESTIMULAÇÃO CEREBRAL PROFUNDA E DA TERAPIA MEDICAMENTOSA NO TRATAMENTO DA DOENÇA DE PARKINSON

  • Autor
  • Paula Mirele do Nascimento Santos
  • Co-autores
  • Rebekah Ingrid Silva Modesto , João Antônio Macedo Veloso Falcão , Eduardo Renan Menezes Borges de Oliveira , Rafael Luiz do Rego Silva , Ivan Batista Barros
  • Resumo
  • Introdução: A Doença de Parkinson (DP) é uma afecção crônica e progressiva do sistema nervoso decorrente de um processo degenerativo dos neurônios dopaminérgicos nigrais. Duas abordagens terapêuticas se destacam: Levodopa, abordagem farmacológica, e Estimulação Cerebral Profunda (ECP), abordagem cirúrgica. Evidenciar os fatores envolvidos em cada uma dessas intervenções  torna-se necessário para um melhor prognóstico do paciente. Métodos: Realizou-se uma revisão de literatura com buscas nas bases de dados PUBMED, SCIELO e LILACS utilizando os descritores: "Parkinson Disease" AND "Deep brain stimulation" AND "Drug therapy". Analisaram-se artigos em português, inglês e espanhol, publicados de junho de 2019 a junho de 2020, que abordavam a comparação entre o uso da ECP e da terapia medicamentosa no tratamento da DP e que estivessem disponíveis em sua totalidade gratuitamente. Foram encontrados 7 artigos, sendo 6 utilizados por tratarem sobre o assunto em estudo. Discussão: A ECP é um tratamento inovador na doença de Parkinson, principalmente em casos de refratariedade dos distúrbios motores em pacientes em uso de terapia medicamentosa. Além de serem observadas melhoras desses distúrbios, os estudos mostram uma boa aceitação clínica na redução das doses diárias de Levodopa por pacientes operados após 6 meses. Para utilização da ECP, requisitos devem ser impostos e, quando bem estabelecidos, a terapia possui uma taxa de eficácia significativa. Dentre estes requisitos, é otimizado: pacientes com curso de doença menor que 4 anos que não respondem mais à terapia convencional, idade abaixo de 70 anos e ausência de comprometimento cognitivo. A falha na seleção dos pacientes com base nos critérios acima é responsável pela taxa de ineficácia de 30% da ECP. A terapia medicamentosa é iniciada após o diagnóstico clínico da DP e com o decorrer do tratamento pode perder os efeitos e necessitar de doses maiores. Destaca-se a Levodopa associada a inibidores da dopa descarboxilase.  Esta combinação gera flutuações motoras em 40 a 50% em 4-6 anos e discinesias ao longo do tratamento, porém é a mais eficiente na redução de sintomas de DP. Agonistas dopaminérgicos e inibidores da COMT são utilizados no tratamento dessas flutuações.  Conclusão: O tratamento medicamentoso comparado à ECP ainda é o mais recomendado para tratar os sintomas da DP. A associação à ECP fica reservada a casos específicos que preencham os critérios necessários para que a cirurgia seja, de fato, benéfica.

  • Palavras-chave
  • Doença de Parkinson, Estimulação Cerebral Profunda, Tratamento Medicamentoso
  • Área Temática
  • Neurocirurgia
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