Introdução: A fístula liquórica pós-traumática tem como causa o traumatismo cranioencefálico (TCE) o qual leva a fraturas em diversos locais como: superior, seios da face, embora possa também ocorrer espontaneamente. A maior complicação se origina pelo trauma na base do crânio, que lesiona as meninges e gera uma fístula, a qual, na maioria das vezes, acaba por ter uma resolução espontânea, seja com o paciente em repouso ou através da antibioticoprofilaxia a fim de evitar infecções bacterianas, como a meningite. No entanto o paciente pode apresentar complicações e necessitam de um tratamento cirúrgico. Tais fístulas denominam-se como de alto débito e requerem uma cirurgia endoscópica, com o auxílio de um otorrinolaringologista ou pela craniotomia, a fim de selar hermeticamente a região da dura-máter lesionada, por onda o líquor escoa. O presente estudo tem como objetivo analisar as principais complicações das fístulas liquóricas pós-traumáticas e suas formas de prevenção, além de definir as técnicas cirúrgicas de melhor prognóstico. Métodos: Trata-se de uma revisão de literatura do tipo integrativa, na qual foram selecionados três artigos de julho de 2015 a novembro de 2018 para pesquisa, indexados nas bases de dados: PubMed, SciELO e Google Scholar, todos na língua inglesa. Todos os artigos selecionados obtiveram papel no estudo. Discussão: Segundo os resultados sistematizados, as principais complicações das fístulas liquóricas após um TCE são a meningite bacteriana, paralisia do terceiro nervo e vasoespasmo, decorrentes principalmente do tratamento da rinorreia do líquido cefalorraquidiano (LCR). É importante ressaltar que os vazamentos espontâneos não pararam quando tratados com medidas conservadoras, tais como a drenagem lombar, apenas com abordagens cirúrgicas, como a endoscópica endonasal da base do crânio anterior. Foi observado que a intervenção endoscópica vem sendo amplamente utilizada por apresentar uma alta taxa de sucesso e menor risco de complicações decorrentes da fistulização do LCR e futuramente substituirá por completo a cirurgia transcraniana, a qual possui alta morbimortalidade. Conclusão: As principais complicações da fístula liquórica pós-traumática são a meningite bacteriana, vasoespasmo e a paralisia do nervo oculomotor. Sob outra perspectiva, a cirurgia transcraniana em breve será abandonada e os tratamentos endoscópicos e técnicas minimamente invasivas serão os preferidos e de primeira linha.
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