Introdução: A esclerose múltipla (EM) não é uma condição comum, mas é uma causa potencialmente grave de incapacidade neurológica ao longo da vida adulta. Mesmo que ela não atinja uma grande quantidade de pacientes ela é a doença neurológica inflamatória mais comum em adultos jovens. Além disso, ela traz consigo uma gradual diminuição da qualidade de vida, sendo a dor o sintoma relatado por grande parte dos pacientes como o que lhe traz mais incômodo. Em vista disso, é importante a investigação de fatores que possam extinguir ou diminuir a presença desse sintoma. Métodos: Foi feita uma pesquisa nas bases Cochrane CENTRAL, EMBASE, PubMed, CINAHL, ICTRP, MedLine, LILACS a partir da utilização dos descritores “Pain”, “Sclerosis Multiple”, “Exercise”, sendo utilizado como critérios de inclusão ensaios clínicos randomizados que utilizassem algum programa de exercício para o tratamento da dor em pacientes com esclerose múltipla, e como critério de exclusão ensaios que não apresentassem dados sobre a dor, ou então nos quais os pacientes utilizassem medicamentos para esse incômodo ou tivessem algum tipo de doença que pudesse impactar na realização dos exercícios. Discussão: Sabe-se que o tratamento farmacológico para a dor na EM possui efeitos adversos graves, como tontura, distúrbio da marcha, náusea e fadiga. Ademais, é bem conhecido que o exercício físico atua diminuindo a sensibilidade a dor por um processo conhecido como hipoalgesia. Dito isso, estudos defendem que essa prática saudável possui efeitos neuroprotetores e neurorregenerativos possuindo assim um potencial para modificar a progressão de doenças neurodegenerativas. Acredita-se que o mecanismo de ação para esses efeitos seja a liberação posterior ao exercício de compostos benéficos como os fatores de crescimento, fatores neurotróficos, fatores de crescimento nervoso além de outras neurotrofinas que são responsáveis pelo reparo e proteção dos nervos. Além disso, exercícios feitos com uma certa intensidade e duração, quando regulares, diminuem a resposta inflamatória, reduzindo o risco de doença crônica. Por fim, é importante acrescentar que a prática regular de atividade física concede aos pacientes um melhor condicionamento físico, mobilidade e potência muscular, o que contribui beneficamente com outros sintomas da doença. Conclusão: Após leitura dos artigos e análises dos dados, evidenciou-se que a prática de atividades físicas regular possui grande potencial para melhora da dor proveniente da EM.
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