Desenvolvimento atípico de Diabetes insípidus em pacientes com Síndrome de Sheehan: uma revisão bibliográfica

  • Autor
  • Giovanna Doria Pares Coelho
  • Co-autores
  • Flávia Follis Bartolomeo , Ibrahim Nabil Abdel Fattah Ibrahim , Marianna Minaré Vigo , Renata Rodrigues Chagas , Rodolfo Antônio de Oliveira Nogueira
  • Resumo
  • INTRODUÇÃO: A hipófise controla muitas funções endócrinas através do eixo hipotálamo–hipófise–glândulas, pela produção de hormônios na adenohipófise e liberação de outros pela neurohipófise, sendo estes: antidiurético (ADH) e ocitocina. Quando há uma diminuição desses hormônios (hipopituitarismo) há ocorrência de muitos sintomas. A Síndrome de Sheehan (SS) é resultado de um aumento fisiológico da adenohipófise durante a gravidez, com risco de isquemia por compressão da artéria hipofisária superior, principalmente se associado a um quadro de hipotensão devido a uma hemorragia durante ou pós-parto. Devido a raridade e desconhecimento pelos profissionais de saúde, há repercussões importantes para as pacientes. Contudo, pode haver lesão da neurohipófise, em que o ADH esteja em níveis menores, causando Diabetes insípidus, sendo poliúria o achado mais comum. Esse trabalho tem como objetivo verificar a relação entre Síndrome de Sheehan e o desenvolvimento de Diabetes insípidus. METODOLOGIA: Revisão da literatura, de caráter analítico-descritivo, com busca de artigos nas bases PubMed, SciELO, MEDLINE e LILACS. Palavras-chave empregadas: Hipopituitarismo, Diabetes insipido e Hemorragia Pós-Parto, nos idiomas espanhol, inglês e português. Foram analisados 13 artigos que abordavam a Síndrome de Sheehan e sua correlação com o desenvolvimento de Diabetes insípidus. DISCUSSÃO: A maioria dos sinais da SS são relacionados à adenohipófise. Entretanto, em alguns casos, há ocorrência de Diabetes insípidus, devido a lesão da neurohipófise e diminuição dos níveis de ADH. Essa condição muitas vezes passa despercebida, porém, é fundamental a detecção através de testes específicos e percepção de sinais como poliúria e polidipsia para auxiliar na suspeita da síndrome. A atribuição dessa lesão à neurohipófise, é decorrente da compressão da artéria hipofisária inferior, sendo que esta faz a irrigação direta ao redor da hipófise posterior. Assim, quando há hipotensão devido a uma hemorragia obstétrica, pode haver isquemia desta artéria. Com isso, ocorre uma deficiência no armazenamento e liberação do ADH, sendo essencial verificar e testar pacientes suspeitas para SS, uma vez que em 90% das mulheres diagnosticadas, foi observada atrofia e cicatrizes na neurohipófise. CONCLUSÃO: Pesquisas sobre o tema são essenciais para que a lesão da neurohipófise seja mais conhecida, uma vez que quadros de Diabetes insípidus podem ocorrer em pacientes com SS e auxiliar no diagnóstico precoce e tratamento mais adequado.

  • Palavras-chave
  • Hipopituitarismo, Diabetes insipido, Hemorragia Pós-Parto
  • Área Temática
  • Ginecologia e Obstetricia
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