INTRODUÇÃO: Apesar da dificuldade de buscar uma conduta terapêutica com maior eficácia e eficiência, a pesquisa de novos tratamentos para Esclerose Múltipla Recorrente-Remitente (EMRR) vem avançando. O uso de imunossupressores, como Fingolimode e Dimetil Fumarato, tornou-se uma abordagem promissora no tratamento da EMRR, pois sua atuação envolve a diminuição da atividade imunológica, reduzindo a inflamação no sistema nervoso central e possivelmente retardando a progressão da doença. O estudo objetivou realizar uma revisão integrativa para comparar esses medicamentos na conduta terapêutica em pacientes com EMRR. MÉTODOS: A revisão foi realizada na base de dados Pubmed, utilizando os descritores: Multiple Sclerosis, Immunosuppressive Agents, Treatment. Critérios de inclusão: texto completo disponível; revisões sistemáticas, metanálises; ensaios clínicos controlados, randomizados e duplo-cegos; publicados de 2017 a 2020; idioma inglês. Critérios de exclusão: artigos que não se relacionavam com a temática principal de terapia por Fingolimode e Dimetil Fumarato. Foram incluídas 89 publicações, destas 21 foram selecionadas. DISCUSSÃO: O Fingolimode estimula a imunossupressão a partir de uma redução da infiltração de linfócitos atogênicos no sistema nervoso central. Evidenciou-se, nos estudos analisados, uma significativa redução na taxa de recaída anualizada e na progressão da incapacidade. Ademais, em ensaios clínicos de fase III houve informações consistentes sobre sua segurança em pacientes adultos jovens e efeitos terapêuticos mais eficientes na EMRR. Já o Dimetil Fumarato também é usado no tratamento da EMRR ao exercer bloqueio na síntese de citocinas pró-inflamatórias, além de promover efeito protetor à mielina e induzir a apoptose de células T. Verifica-se também a alta taxa de linfocitopenia na utilização dessa medicação. A comparação de tais medicamentos permite constatar uma maior prevalência no desenvolvimento de efeitos adversos no uso do Fingolimode, com destaque para sintomas gastrointestinais transitórios. Vários artigos analisados apresentam melhores prognósticos em pacientes que iniciam o uso de tais fármacos precocemente. CONCLUSÃO: Portanto, a utilização do Fingolimode ou Dimetil Fumarato demonstram progresso na melhora dos desfechos clínicos e que a terapia precoce é mais eficaz. Além disso, esses fármacos têm seu risco-benefício, porém foi notado menores efeitos adversos no uso de Dimetil Fumarato, logo, uma seleção criteriosa é necessária.