Introdução: A síndrome do intestino irritável é o distúrbio gastrointestinal funcional, prevalente no sexo feminino, idade mais jovem e infecções gastrointestinais anteriores. Ocorre em resposta à alteração nas complexas interações entre o intestino e o sistema nervoso, sendo assim, não há uma anormalidade estrutural ou bioquímica. É caracterizada por dor e desconforto crônicos recorrentes, hábitos intestinais alterados, perda de peso significativa, diminuição ou aumento do apetite, comorbidades somáticas, viscerais e psiquiátricas. É uma doença muito comum, afetando em torno de 11% da população, de modo a prejudicar intensamente a qualidade de vida dos que a possuem. Pessoas que sofrem dessa síndrome associam seus sintomas à ingestão de alimentos específicos, dessa forma, procura-se explicar a fisiopatologia da doença relacionada a intolerância alimentar e a restrição nutricional como auxiliar na redução da problemática. Método: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura nas bases de dados Medline (via Pubmed) e nas LILACS (via BVS) e SciELO. A pesquisa foi feita com base na estratégia de busca pelos descritores (DECS E MESH) e termos livres: Irritable Bowel Syndrome , Diet e Treatment, com auxílio do operador booleano AND. Discussão: Pesquisas vem confirmando que muitos pacientes tem remissão espontânea da síndrome do intestino irritável, porém, para aqueles que sofrem intensamente desse mal, uma das formas mais aconselháveis na melhora dos sintomas é a restrição nutricional acompanhada por um profissional a certos alimentos aos quais a pessoa possue hipersensibilidade. A microbiota intestinal, os antígenos alimentares e os ácidos biliares podem causar inflamação intestinal de baixo grau, aumento da permeabilidade da barreira epitelial e hipersensibilidade visceral, provocando respostas anormais nos principais reguladores das funções sensório-motoras, incluindo o eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, sistema imunológico, cérebro - eixo intestinal e sistema nervoso entérico. Conclusão: As recomendações padrão incluem aderir a refeições regulares, reduzir a ingestão de fibras insolúveis, álcool, cafeína, alimentos condimentados e gorduras, além de realizar atividades físicas cotidianamente e garantir uma boa hidratação. Caso haja persistência dos sintomas, a restrição a alguns alimentos com o auxílio de profissionais pode ser estratégia válida para atenuar os traços.
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