INTRODUÇÃO: A Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) é uma doença neurodegenerativa e idiopática, cuja incidência mundial é de 2 a cada 100.000 habitantes ao ano. É caracterizada pela fraqueza muscular progressiva devido ao acometimento dos neurônios motores do córtex, do tronco encefálico e da medula espinhal. A insuficiência respiratória secundária a adinamia e a desenervação dos músculos é a principal complicação associada à morbimortalidade, conferindo-a uma expectativa de vida em torno de 3 a 5 anos após o diagnóstico. MATERIAIS E MÉTODOS: Os artigos selecionados são da base de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), mediante os seguintes descritores: esclerose lateral amiotrófica AND complicações AND reabilitação. Entre o período de 2015 a 2017. RESULTADOS: Os artigos que compõem a amostra possuem origem em países da Europa, local de maior incidência da ELA. Após análise dos trabalhos científicos, estes são favoráveis a utilização precoce de terapias de reabilitação para os pacientes com ELA, que apresentam dificuldades respiratórias. DISCUSSÃO: A ELA é caracterizada pela perda motora gradativa e uma das suas principais complicações é a adinamia da musculatura respiratória, a qual causa hipoventilação alveolar, distúrbios respiratórios do sono (DRS), hipercapnia diurna, tosse, aspiração, fadiga excessiva, ortopneia e cefaleia. Diante disso, recomenda-se como manejo terapêutico paliativo a Ventilação Não Invasiva (VNI) precoce. Ela melhora a qualidade do sono e os DRS, além de garantir a normoventilação noturna. Ademais, são utilizadas técnicas como a tosse assistida e não assistida e o recrutamento de volume pulmonar (RVP), para permitir uma melhor expansão pulmonar espontânea e para expulsar as secreções dos pulmões durante as infecções respiratórias. Dessa maneira, é notória a eficácia da VNI, pois, não prejudica a comunicação do paciente com cuidadores e não aumenta a susceptibilidade a infecções respiratórias, frequentes na intubação orotraqueal. CONCLUSÃO: Diante das complicações respiratórias da ELA, uma ferramenta fundamental é a VNI, que apesar de ser um manejo paliativo, sua utilização melhora a qualidade de vida e prolonga a sobrevida dos pacientes que apresentam função respiratória afetada. Outros manejos clínicos eficazes não invasivos são a tosse assistida e o RVP. Portanto, é essencial a realização de mais pesquisas voltadas para a terapêutica do paciente com ELA e dos benefícios da VNI a longo prazo.
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