INTRODUÇÃO: Doença de Parkinson é uma desordem crônica, degenerativa e progressiva do sistema nervoso central, especificamente dos núcleos da base, envolvendo a perda progressiva de neurônios dopaminérgicos da substância negra. A estimulação cerebral profunda consiste no procedimento cirúrgico mais empregado na doença de Parkinson. Nesse contexto, o presente trabalho teve como objetivo apresentar o papel da estimulação cerebral profunda no tratamento da doença de Parkinson a longo prazo. MÉTODOS: Trata-se de uma revisão sistemática, na qual as bases de dados do SCIELO e Biblioteca Virtual em Saúde foram consultadas para levantamento de artigos científicos publicados entre 2015 e 2020. Foram utilizados como descritores “Doença de Parkinson”, “Estimulação cerebral” e “Procedimento cirúrgico”, sendo empregados como critérios de inclusão: artigos em português e inglês, dispostos na íntegra. DISCUSSÃO: O tratamento farmacológico convencional para a doença de Parkinson visa restaurar a deficiência de dopamina, decorrente da destruição dos neurônios dopaminérgicos, sendo a levodopa o fármaco mais eficaz para os sintomas da doença, porém, esse medicamento apresenta complicações a longo prazo. No último século, o tratamento cirúrgico para esta patologia evoluiu bastante e, atualmente, a estimulação cerebral profunda é o procedimento mais utilizado, caracterizado como método de neuromodulação invasivo, empregando-se eletrodos em regiões profundas do cérebro, com estimulação elétrica direcionada. A depender dos efeitos desejados, vários núcleos subcorticais, como o núcleo ventral intermédio do tálamo, o globo pálido interno, o núcleo subtalâmico, a zona incerta, o núcleo pedúnculo-pontino e até mesmo as áreas corticais, têm sido alvo de estimulação. Além disso, este procedimento possibilita a personalização dos parâmetros de estimulação de acordo com as necessidades individuais de cada paciente, com o objetivo de maximizar os benefícios e minimizar os efeitos colaterais adversos. Este método cirúrgico auxilia no tratamento de pacientes em quadros avançados da doença, além de limitar possíveis danos associados ao tratamento farmacológico. CONCLUSÃO: A estimulação cerebral profunda é uma modalidade terapêutica alternativa, segura e eficaz, para tratamento de diversas doenças crônicas do sistema nervoso central. Os resultados benéficos verificados em grande número de pacientes com doença de Parkinson apontam a sua eficiência como tratamento alternativo.
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