Este trabalho está inserido no campo dos estudos sobre produção textual na escola e tem como objetivo geral desenvolver uma análise tipológica das rasuras encontradas em dez manuscritos (produto final) que foram produzidos por duplas de alunos escrevendo colaborativamente. Todas as duplas pertenciam ao 2º ano do ensino fundamental de uma escola privada de União dos Palmares/AL. O corpus que será utilizado nessa análise foi coletado em 2013 e faz parte do Banco de Dados Práticas de Textualização na Escola – PTE, que pertence ao Laboratório do Manuscrito Escolar – L’AME, da Universidade Federal de Alagoas– UFAL. Nosso estudo teve como base a Genética Textual, a partir de estudos desenvolvidos por Grésillon (2007), Biasi (2010) e Lacoste (2003) e também os estudos de Fabre (2004), Calil (2008, 2012, 2016) e Felipeto (2008, 2012), que apresentam reflexões importantes acerca das rasuras nos manuscritos escolares. Os dados analisados mostram que os alunos, ao retornarem sobre o texto que estão escrevendo, na tentativa de reformulá-lo, reescrevê-lo, acabam registrando problemas de diferentes níveis como sintático, semântico, gráfico, ortográfico. Estas marcas deixadas no manuscrito são denominadas de rasuras.
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