Linguagens e Teoria queer

  • Autor
  • Paulo Henrique Pressotto
  • Co-autores
  • Brígida M. Pastor
  • Resumo
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    As primeiras manifestações claras do paradigma político queer podem ser encontradas em uma coleção de artigos publicados em 1972, apenas três anos após a revolta de Stonewall, com o título significativo Out of the closets. Dois outros momentos decisivos para a sua popularização foram a intervenção de Teresa de Lauretis como editora de uma edição monográfica do jornal feminista Differences (1991) e o aparecimento de um suplemento literário especial do nova-iorquino The Village Voice, ambos com base em teóricos queer. O programa político queer aspira alcançar objetivos sociais e status legal e igualitário para todos os indivíduos, independentemente de sua orientação sexual; além do mais, pretende tratar o estudo acadêmico sobre a sexualidade com seriedade e dignidade e promover a pesquisa dos fenômenos semióticos e culturais que lhe são relacionados. O estudo de Judith Butler tem se tornado presente no cenário acadêmico e ativista, tanto em espaços nacionais quanto internacionais. É possível indicar também as discussões de Cherríe Moraga (1983), Glória Anzaldúa (1987), Jasbir K Puar (2007), Jack Halberstam (2011), Gayatri Gopinath (2018) e Joshua Whitehead (2021) como novas orientações – ou melhor, desorientações – do que compreendemos por queer na contemporaneidade.  A essa lista pode-se somar nomes brasileiros (as) como Larissa Pelúcio (2014), Pedro Paulo Gomes Pereira (2011), Richard Miskolci (2012) e Berenice Bento (2017). Indica-se, desta forma, uma pluralidade na perspectiva do próprio termo queer para além de compreensão de gênero como performatividade. Trabalhos mais “tradicionais” que abordem as leituras da construção de gênero e sexualidade serão bem-vindos, assim como outras perspectivas que desfaçam a temporalidade moderna/colonial da própria teoria queer. Compreende-se aqui por linguagens as práticas artísticas envolvendo a palavra, sejam elas de cunho escrito ou oral, em papel ou meio audiovisual.

     

  • Palavras-chave
  • Linguagens. Teoria queer. Gênero. Sexualidade.
  • Área Temática
  • 5 - Mulheres que escrevem
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  • 1 - A escrita feminina em revista: Brasil e Portugal (1900-1950)
  • 2 - Maternidade, corpo e linguagem
  • 3 - Literaturas de autoria feminina na América Latina e Caribe: interlocuções, escrevivências e feminismos negros.
  • 4 - Literatura e autoria feminina latino-americana: memória, identidade e resistência
  • 5 - Mulheres que escrevem
  • 6 - Linguagens e Teoria queer
  • 7 - Escrita de mulheres: literatura e memória
  • 8 - Diálogos entre literatura, memória e história: vozes femininas no espaço literário
  • 9 - Mulheres, imprensa e memórias: interfaces entre a história e a literatura
  • 10 - Diálogos África-Brasil: diferenças e identidades na literatura de autoria feminina brasileira e africana
  • 11 - O hoje e o amanhã em obras em língua inglesa escritas por mulheres - identidade, gênero, crise e deslocamentos
  • 12 - Literatura, violência contra as mulheres e relações de gênero
  • 13-Literatura e Gênero: Identidades Culturais e Poder

Comissão Organizadora

Leandro de Carvalho Gomes
Critica Feminista
Algemira de Macêdo Mendes
Adriana Aparecida de Figueiredo Fiuza
Nayane Larissa Vieira Pinheiro
Nágila Alves da Silva
ANDRE REZENDE BENATTI
Alexandra Santos Pinheiro

Comissão Científica