LITERATURAS DE AUTORIA FEMININA NA AMÉRICA-LATINA E CARIBE: INTERLOCUÇÕES, ESCREVIVÊNCIAS E FEMINISMOS NEGROS.

  • Autor
  • CRISTIAN SALES
  • Co-autores
  • Margarete Santos (UNEB)
  • Resumo
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    Nesse Simpósio, pretende-se um espaço de discussões e interlocuções de estudos crítico-analíticos e/ou teóricos que se debruçam sobre as literaturas afrodiaspóricas de autoria feminina produzidas na América Latina e Caribe. Trata-se de instigar o debate e aprofundar as reflexões em torno de escritas tecidas por mulheres, nas quais se observam as interfaces entre literatura, escrevivências e feminismos negros para compreensão mais abrangente dos contextos e mecanismos de resistência negra feminina; reescrita da história da escravização colonial; formas de opressão e de violência de gênero e raça/etnia; e ressignificação identitária em diferentes países e línguas, tais como: Argentina, Brasil, Bolívia, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Haiti, Venezuela, Panamá, Peru, Porto Rico, entre outros. Centrado nestas preocupações, o Simpósio alinha-se às questões epistêmicas desenhadas por Édouard Glissant (1990) acerca da “poética da relação”, assim como busca ancoragem “na categoria político-cultural da Amefricanidade” e no “feminismo afro-latino-americano” propostas por Lélia Gonzalez (1988). Assim sendo, dialoga com epistemologias geradas por intelectuais como Yuderkys Espinosa-Miñoso (2019), assentando uma concepção acerca das maneiras de exploração e de opressão experimentadas por mulheres afrodiaspóricas/afro-latino-americanas e caribenhas. Nesse quadro de articulação, destacamos algumas vozes literárias insurgentes: Maria Firmina dos Reis, Carolina Maria de Jesus, Conceição Evaristo, Emmelie Prophète, Lucrecia Panchano, Mayra Santos-Febres, Mary Grueso Romero, Miriam Alves, Teresa Cárdenas, Yanick Lahens, entre outras. Nessa direção, trata-se de pensar o modo como escritas de autoria feminina afro-latina e caribenha, interpelam os discursos hegemônicos e rompem com valores etnocêntricos e patriarcais, e reconfiguram novos mapas discursivos, o que também significa a produção de um espaço de emancipação da voz/corpo ao que denomina Conceição Evaristo (1995) de “escrevivências”. A partir dos pontos levantados, este Simpósio deseja cotejar trabalhos resultantes de pesquisas já concluídas ou em andamento com foco nas seguintes categorias: ancestralidade, memória, história, resistência, raça/etnia, gênero, feminismos, corpo e identidade.

     

     

  • Palavras-chave
  • literatura afro-latina, literatura afro-caribenha, autoria feminina, femininos negros;
  • Área Temática
  • 6 - Linguagens e Teoria queer
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  • 1 - A escrita feminina em revista: Brasil e Portugal (1900-1950)
  • 2 - Maternidade, corpo e linguagem
  • 3 - Literaturas de autoria feminina na América Latina e Caribe: interlocuções, escrevivências e feminismos negros.
  • 4 - Literatura e autoria feminina latino-americana: memória, identidade e resistência
  • 5 - Mulheres que escrevem
  • 6 - Linguagens e Teoria queer
  • 7 - Escrita de mulheres: literatura e memória
  • 8 - Diálogos entre literatura, memória e história: vozes femininas no espaço literário
  • 9 - Mulheres, imprensa e memórias: interfaces entre a história e a literatura
  • 10 - Diálogos África-Brasil: diferenças e identidades na literatura de autoria feminina brasileira e africana
  • 11 - O hoje e o amanhã em obras em língua inglesa escritas por mulheres - identidade, gênero, crise e deslocamentos
  • 12 - Literatura, violência contra as mulheres e relações de gênero
  • 13-Literatura e Gênero: Identidades Culturais e Poder

Comissão Organizadora

Leandro de Carvalho Gomes
Critica Feminista
Algemira de Macêdo Mendes
Adriana Aparecida de Figueiredo Fiuza
Nayane Larissa Vieira Pinheiro
Nágila Alves da Silva
ANDRE REZENDE BENATTI
Alexandra Santos Pinheiro

Comissão Científica