A “violência simbólica”, de acordo com Bourdieu (2017), é um tipo de violência invisível, insensível às vítimas e se expressa por caminhos inúmero e também simbólicos. Esse tipo se violência é recorrente nas sociedades patriarcais, visto que a mulher é tida como um ser subalterno. Nesse trabalho, tem-se por objetivo analisar narrativas em que a violência extrapola o nível do simbólico e se explicita de forma física nas personagens femininas. Para tanto, o objetivo é analisar, comparativamente, os contos In Sabine, da estadunidense Kate Chopin e Uma Questão de Educação, da brasileira Marina Colasanti. A partir da análise, é possível apontar para o fato de que a violência perpetrada pelos homens se dá no âmbito da instituição matrimonial, como uma instituição que se expresse, talvez, como lugar que autorize e legitime os comportamentos dos personagens masculinos, pois se empoderam da noção de ‘proprietários’ de suas esposas. A literatura, nesse âmbito, vem como denúncia das violências instituídas pelo patriarcado, principalmente, em sua ligação com a colonialidade. Autores como Bourdieu (2017), Pasinato (2011), Segato (2012) e Gomes (2015) dão aporte teórico para a análise.
Comissão Organizadora
Leandro de Carvalho Gomes
Critica Feminista
Algemira de Macêdo Mendes
Adriana Aparecida de Figueiredo Fiuza
Nayane Larissa Vieira Pinheiro
Nágila Alves da Silva
ANDRE REZENDE BENATTI
Alexandra Santos Pinheiro
Comissão Científica