O romance Wide Sargasso Sea (1966) da escritora dominicana Jean Rhys, de fato trata-se de uma re-escrita da personagem Bertha conhecida como a "louca do sotão", presente na obra canônica Jane Eyre da escritora vitoriana Charlote Brontë. Com essa narrativa, Rhys buscou dar uma voz a essa personagem injustiçada sobretudo por sua origem caribenha, sendo sem dúvida uma vítima do patriarcado e do colonialismo inglês, que no enredo de Brontë é constituída por silêncios, aparições fantasmagóricas e grunhidos. Tendo isso em vista, propõe-se uma análise que considere especialmente a relação conflituosa entre colonizador e colonizado que a escritora ficcionaliza e expõe ao dar uma voz e uma estória a essa figura, destacando também toda a poesia e resistência que constrói a partir de Antoinette (Bertha). Para complementar essa breve pesquisa, serão apontadas questões referentes ao crioulismo definido por Glissant e breves considerações sobre a única tradução do romance até o momento para o português brasileiro, feita por Léa Viveiros de Castro para a editora Rocco em 2012.
Comissão Organizadora
Leandro de Carvalho Gomes
Critica Feminista
Algemira de Macêdo Mendes
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